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Morte de animal em rodovia foi crime ambiental, diz advogada

10 de janeiro de 2010
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A advogada e presidente da União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), Vanice Orlandi, disse ao G1 que o agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) desrespeitou leis de proteção animal e cometeu um crime ambiental ao matar  a tiros um bovino na BR-040, na região da Grande Belo Horizonte, na quarta- feira (6).

Policial foi flagrado ao matar um animal na BR-040, em Minas Gerais, na quarta-feira (Foto: Cristiano Couto/Hoje em Dia/AE )
Policial foi flagrado ao matar um animal na BR-040, em Minas Gerais, na quarta-feira (Foto: Cristiano Couto/Hoje em Dia/AE )

Bois e vacas ficaram espalhados pela pista após um acidente e, segundo a assessoria de imprensa da PRF, o policial teria atirado porque os animais soltos na estrada poderiam provocar mais colisões. O policial teria sido autorizado pelo tutor da carga a atirar. Ainda de acordo com o órgão, a ação do policial foi correta, pois ele estaria defendendo a si próprio e a outros motoristas.

Vanice discorda e ressalta que o policial deveria ter acionado órgãos especializados para remover o animal. “Ele dispunha de outros meios para evitar acidentes. Poderia parar o tráfego e acionar o Centro de Controle de Zoonoses, que também está apto a resgatar caprinos, equinos e bovinos”, afirma.

Para a advogada, a própria morte do animal foi executada de maneira incorreta. “Foi um despreparo, uma falta absoluta de sensibilidade e respeito pelos animais, porque o policial tinha outros meios para desobstruir a pista. Esse bicho foi abatido a sangue frio, de forma cruel. Existe uma lei que manda dar morte rápida ao animal cuja eliminação seja necessária, mas nem isso o policial soube fazer.”

Segundo Vanice, é crime ambiental praticar qualquer ato de maus-tratos, ferir ou mutilar animais domésticos ou silvestres. “O bicho foi vítima duas vezes. Como se não bastasse o transporte cruel, que obriga o animal a viajar semanas em pé, ele acabou morto nessas condições”, diz.

Com informações do G1

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