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Morte de 13 animais supostamente envenenados assusta bairro em Araxá (MG)

8 de junho de 2015
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Labrador passou mal na madrugada e não deu tempo de socorrer (Foto: Thays Aparecida/Arquivo Pessoal)
Labrador passou mal na madrugada e não deu tempo
de socorrer (Foto: Thays Aparecida/Arquivo Pessoal)

A suposta morte de animais por envenenamento, em Araxá, no Alto Paranaíba, tem deixado moradores do Bairro Boa Vista revoltados. Segundo eles, cerca de 12 animais, entre cães e gatos, morreram entre sábado e domingo (31). A Polícia Militar (PM), registrou dois casos e encaminhou a ocorrência para a Polícia Civil.
Um dos casos foi o da camareira Helena Cecília de Souza, de 48 anos, que teve dois cães mortos. O outro fato aconteceu com a vizinha dela, a artesã Thays Aparecida Campos, que teve um labrador morto. Ela ainda conseguiu salvar a cadela Layla e a gata Catarina. O G1 entrou em contato com a delegada responsável, Mariana Pontes Andrade, porém as ligações não foram atendidas.
De acordo com Helena, na tarde de sábado, os dois cachorrinhos dela, Pitoco e Brisa, estavam bem, mas, no início da noite, começaram a passar mal. “Eles estavam brincando, mas foi tão rápido, menos de cinco minutos, para que eles começassem a passar mal e morressem. Um morreu dentro da varanda, perto do portão, e o outro no quintal. Não deu tempo de socorrer, porque se tivesse visto que eles estavam envenenados, a gente ia salvá-lo, mas não foi nem cinco minutos”, comentou.
A revolta fez com que Helena buscasse explicações para o que teria acontecido. Como os cães morreram juntos, a tutora desconfiou de envenenamento. Foi aí que ela buscou na rua algo que poderia ter causado a morte dos cães.
“Encontrei um toicinho, dentro de um saquinho, na frente da minha casa, com o veneno misturado. Estava amarrado com o negócio dentro, eles só chegaram a furar a ponta do saquinho. Chamei a polícia, fiz o boletim, porque é um caso perigoso. Aqui é uma rua que tem muita criança”, disse.
Helena diz que a dor de perder um cachorro é grande, e que por enquanto não pretende ter novos cãezinhos. “Só quem tem um cachorro consegue explicar. Cachorro é um animal que a gente tem amor, que eles se tornam da família. A gente tem um amor como se fosse um filho. Mesmo se eu colocar outros cachorros aqui não vão substituir o que eu tinha. Tinha o jeito deles de pular de brincar, é muito triste. Os cachorros eram meus. O sentimento é meu, está difícil até de comer”, afirmou.
A vizinha dela, a artesã Thays, também perdeu o labrador Max, de um ano, na madrugada de domingo, mas conseguiu salvar a gata Catarina e a cachorra Layla. “O caso do Max aconteceu de madrugada e não consegui veterinário. Já a gatinha e uma outra cachorra eu busquei um abrigo de animais e as pessoas me ajudaram a salvá-los. Eles ainda estão doentinhos, mas se recuperando”, afirmou.
Thays também contou que achou substâncias parecidas com a que Helena tinha encontrado. “Nós achamos três pedaços da mesma substância na casa de duas vizinhas e na porta da minha casa”, comentou.
A artesã Thays disse que se preocupou com o sobrinho de um ano, que também passou mal durante o fim de semana. “É complicado, a gente nem sabe falar quem é, porque tem muitos anos que moro aqui e isso nunca aconteceu. Eu tenho um sobrinho, bebezinho de um ano, que foi levado para o Pronto Atendimento Municipal passando mal, com diarreia e vomitando. A gente fica muito preocupada achando que ele pode ter ingerido o veneno”, disse.
Fonte: G1

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