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TRISTEZA

Morsa que se tornou sensação do verão norueguês tem morte induzida

Freya se divertia no fiorde de Oslo, onde danificou alguns barcos com seus quase 600 quilos

15 de agosto de 2022
2 min. de leitura
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Foto: Tor Erik Schroder | NTB | AFP

Uma morsa apelidada de Freya, que atraiu multidões enquanto tomava banhos de sol no fiorde de Oslo, teve morte induzida no domingo (14), com as autoridades da Noruega a justificar que era a única opção, mas a enfrentarem críticas de especialistas, que lamentaram uma decisão “infinitamente triste”.

“A decisão da morte foi tomada com base numa avaliação global da ameaça persistente à segurança humana”, disse o chefe da Diretoria de Pesca da Noruega, Frank Bakke-Jensen, em comunicado.

“Examinámos cuidadosamente todas as soluções possíveis. Concluímos que não poderíamos garantir o bem-estar do animal por nenhum dos meios disponíveis”, disse.

As autoridades norueguesas já haviam dito anteriormente que estavam a considerar a morte induzida porque os repetidos apelos ao público para manter distância da jovem morsa de 600 quilos foram em vão e o animal dava sinais de stress excessivo, tornando imprevisível o seu comportamento perante a presença humana.

Freya, cujo nome é uma referência à deusa nórdica da beleza e do amor, ganhou as manchetes dos jornais nórdicos desde 17 de julho, quando foi vista pela primeira vez nas águas da capital norueguesa.

As morsas normalmente vivem nas latitudes ainda mais ao norte do Ártico.

Entre longas sestas ao sol, uma morsa pode dormir até 20 horas por dia, Freya foi filmada a perseguir um pato, a atacar um cisne e, na maioria das vezes, a cochilar em barcos que tinham dificuldade em sustentar o seu corpo.

Apesar dos repetidos apelos, muitos curiosos continuavaam a aproximar-se do mamífero, às vezes com crianças a tiracolo, para tirar fotos.

Foto: NTB | AFP

“Incrivelmente triste”

Vários especialistas, no entanto, disseram que a decisão de matar Freya não levou em conta o bem-estar do animal. Siri Martinsen, porta-voz do grupo de direitos dos animais NOAH, disse à TV2 que foi uma medida apressada e que multas deveriam ter sido emitidas para dispersar os espectadores.

“É muito chocante”, acrescentou, dizendo que00 era uma oportunidade de mostrar às pessoas como respeitar os animais selvagens. “É infinitamente triste que eles tenham escolhido matar um animal tão bonito simplesmente porque não nos comportamos bem com ele”, disse o biólogo Rune Aae à agência de notícias NTB.

O Partido dos Verdes, no início desta semana, disse que especialistas recomendaram dar sedativos a Freya e levá-la para longe de áreas povoadas, ou levá-la de volta ao remoto arquipélago de Svalbard. Mas Bakke-Jensen disse que “não era uma opção viável” porque tal operação seria muito complexa.

Freya, com cerca de cinco anos de idade, já havia sido avistada no Reino Unido, Holanda, Dinamarca e Suécia e optou por passar parte do verão na Noruega.

Fonte: Diário de Notícias

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