Poucas pessoas sabem, mas o cantor Morrissey, ex-vocalista da banda dos anos 80 The Smiths e conhecido por defender o (proto)vegetarianismo em “respeito” aos animais não humanos, tem um lado racista e xenófobo que complementa sua faceta raivosa de ódio intolerante contra onívoros e “conscientização” por meio da violência.
Há uma denúncia no blog Gawker, datada de 2010, mostrando o lado até então oculto desse Morrissey que odeia seres humanos e, não se interessando pelo veganismo, não se importa de continuar financiando a exploração de vacas, galinhas e outras fêmeas não humanas.
A matéria aponta para uma entrevista feita em setembro daquele ano, na qual ele chama o povo chinês de “subespécie”, no sentido de “ramo inferior” da espécie humana. Em 2008, segundo ela também denuncia, ele depreciou os imigrantes que estabelecem moradia na Inglaterra:
“A questão da imigração é muito difícil, porque, ainda que eu não tenha nada contra pessoas de outros países, [eu vejo que] quanto maior é o fluxo de imigração para a Inglaterra, mais a identidade britânica desaparece. Se você andar por Knightsbridge em algum dia pouco movimentado da semana, você não ouvirá sotaque britânico. Você vai ouvir qualquer sotaque abaixo do sol, menos o britânico. A Inglaterra é agora uma memória [do passado]. Os portões estão inundados e qualquer pessoa pode ter acesso à Inglaterra e estabelecer-se.”
A entidade Love Music Hate Racism (Ame a música, odeie o racismo) reagiu com indignação à xenofobia racista de Morrissey contra chineses e imigrantes e declarou que não aceitaria mais doações dele.
Além de xenofobia e racismo, o cantor também carrega machismo nas costas. Outro post também do Gawker, de 2013, revela a depreciação misógina que ele declarou em sua autobiografia, contra a jornalista Julie Burchill:
“É claro que Julie Burchill não é uma pessoa amável, e tem pernas de mulher coroa que dão pena. Seu corpo nu provavelmente devastaria o plâncton marinho do Mar do Norte. Desacorrentada do porão, Burchill com certeza vai fazer com que você se lembre dela… Eu me sentiria honrado se fosse ajudar a fazer o funeral dela, e seria capaz de pular em cima do túmulo.”
Assim como Brigitte Bardot, Morrissey também é um péssimo exemplo de “defensor dos animais”. Ambos têm um pesado histórico de “defender” os animais negligenciando o veganismo e declarando ódio misantrópico contra grandes parcelas da humanidade por causa da crueldade e violência de algumas pessoas.
E seu “ativismo” animalista cheio de ódio e intolerância tem prejudicado a causa, queimando o filme da militância vegano-abolicionista – mesmo ele não sendo vegano. Uma declaração sua do início deste ano comparou onívoros com pedófilos, incitando assim que onívoros criem uma repulsa carnista contra vegans e vegetarianos.
Portanto, se você admira Morrissey e Brigitte Bardot, já tem motivos de sobra para rever essa admiração.