Por Lobo Pasolini (da Redação)
O ex-vocalista da banda Smiths e ícone do pop de qualidade dos anos 80, Morrissey, publicou uma nota de apoio ao ex-companheiro de banda Johnny Marr em sua crítica ao primeiro-ministro inglês David Cameron.
Marr havia dito à imprensa que não aprecia o fato de que o primeiro-ministro gosta da música da banda por causa do aumento do custo das universidades. Marr chegou a proibir que o político gostasse da música dos Smiths.
Apesar de não mais falar com Marr, Morrissey se juntar ao debate publicamente, lembrando a postura pró-caça do primeiro-ministro. Ele disse: “David Cameron mata veados – e aparentemente por prazer. Não foi para pessoas como ele que Meat is Murder e The Queen is Dead foram gravadas; na verdade, elas foram feitas como uma reação contra esse tipo de violência”, o cantor escreveu.
Morrissey lembra que Cameron e seu partido defendem a derrubada de uma legislação (“Hunting act” de 2004) que proíbe a caça no país e que foi instituída durante a era Blair, embora os aristocratas ruralistas descumpram descaradamente a lei.
Ele também dispara contra a família real, que sempre aparece em público matando animais. “Intelectualmente, é verdade que a chamada ‘família real’ não vale muito quando se trata de padrões morais. A rainha anualmente assina o contrato de morte de ursos marrons canadenses para que seus guardas tenham chapéus bonitinhos. Os bebês de ursos adultos que testemunham a morte de suas mães são abandonados a uma morte lenta e solitária. A verdade amarga e sóbria é que a rainha da Inglaterra é indiferente a esse barbarismo e nunca expressou preocupação com esse assunto”, ele disse.
O cantor termina o artigo dizendo que “a recusa de comer animais continua sendo um gesto político” e manda um recado a David Cameron: “O mundo ama o homem que ouve. Mas nós não podemos crer no que você diz quando nós sabemos o que você faz.”
As informações são do site True To You.