A cadela Princesa, que havia sobrevivido à ação de ladrões que matou oito animais em um sítio em Dumont (SP) na última segunda-feira (24), acabou morrendo.
A informação foi confirmada pelo sitiante Adilson Sarni hoje (26).
Princesa chegou a ser levada às pressas para uma clínica veterinária na manhã desta terça-feira, após apresentar sintomas de envenenamento.
Além dela, outros sete cães e um gato morreram depois de ingerirem pedaços de mortadela contaminados.
O filhote da cadela, que foi isolado com ela em um espaço no sítio assim que os corpos dos animais começaram a ser encontrados, passa bem, segundo informou Sarni.
Família está inconformada
Sarni conta que a família está revoltada com a situação.
“É um absurdo atrás do outro. Eu tenho um pai de 85 [anos] e uma mãe de 78 [anos]. Quando a gente abria a porta, o Bob entrava para buscar a gente na cama. Imagina abrir a porta e ver ele com hemorragia, morto. A Princesa estava bem. Deve ter comido [o alimento envenenado] em doses menores. A gente socorre, gasta o que tem e o que não tem, mas o desfecho foi o mesmo.”
Bob era um dos cachorros mais velhos do sítio e o primeiro a ser encontrado morto pelos moradores, na manhã de segunda-feira (25).
O cachorro foi encontrado na porta da cozinha da casa e tinha acompanhado Sarni em uma ronda pela propriedade, na noite anterior, pouco antes da ação dos suspeitos.
Segundo o sitiante, a morte dele é uma das mais difíceis de lidar pela família.
“Para a minha mãe, o baque foi terrível. Ela é de idade e isso é uma coisa que ninguém espera, abrir a porta da cozinha e encontrar seu animal doméstico morto.”
Os ladrões levaram ferramentas e danificaram a propriedade, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 4 mil, segundo Adilson.
A principal revolta da família, no entanto, é com a atitude de envenenar os animais.
“Para mim, o que fizeram com os cachorros é pior do que crime contra o ser humano. É difícil, mas eu não vou abandonar isso. Vou acabar chegando nesses caras, não vou desistir.”
O G1 tentou contato com a delegacia de Dumont e com o delegado Gabriel Freiria Neves a respeito das investigações, mas não obteve resposta até o fechamento desta nota.
Fonte: G1