Por Natalia Cesana (da Redação)
Tio Chichi, um poodle toy cuja longevidade incomum trouxe fama e uma aparição no programa “Good Morning, America”, morreu na terça-feira passada (17) depois de uma longa batalha contra o câncer. Ele tinha 26 anos. Ou 24. Talvez fossem 25 anos. Tal imprecisão levantou um debate sobre se Chichi, ou Cheech, como era conhecido, era mesmo o cão mais idoso do mundo. As informações são do jornal The New York Times.
A opinião de todos os veterinários, do tutor e do abrigo que o acolheu há duas décadas era que Tio Chichi era extremamente velho. Mas quando os tutores resolveram procurar um lugar para ele no Livro dos Recordes, em 2010, a prova exigida eram os registros veterinários e fotos de quando ele era filhote. Tudo isso foi perdido com o tempo.
Chichi começou a mostrar os sinais do avançar da idade há mais de uma década e vinha sofrendo de catarata, glaucoma e úlcera na córnea. Depois vários tratamentos no Centro Veterinário de Manhattan, ele sempre melhorava. Mesmo sem ouvir e enxergar, ele esteve presente no casamento de seus tutores, em outubro de 2010.
Quando o câncer entrou em um estágio avançado, os tutores de Chichi, Frank Pavich e Janet Puhalovic, disseram que não havia outra alternativa senão sacrificá-lo. Eles comunicaram os amigos por e-mail.
“Estamos nos sentindo completamente vazios. Todo o apartamento está vazio”, disse Frank, de 38 anos, em uma entrevista. “Aquele cachorrinho enchia não só nossa casa, mas nossas vidas.”
Tio Chichi foi adotado na Sociedade John Ancrum de Prevenção à Crueldade Animal 24 anos atrás. Funcionários do abrigo acham que ele tinha entre 1 e 2 anos na época.
Com a doença, Frank viajou com Chichi para a Itália, Eslovênia, Alemanha, França e Suíça, onde puderam tirar várias fotos.
“É estranho porque quanto mais tempo passamos com ele, mais o amamos e não achávamos que esse dia chegaria. Foi muito tempo de bônus”, disse Frank.
Em dezembro, o cachorro mais velho oficialmente registrado no Livro dos Recordes, Pusuke, uma vira-lata japonês de 26 anos de idade, morreu e representantes da publicação não foram atrás de um sucessor.
Frank Pavich não ficou preocupado. “Ele não era um cão normal, ele transcendeu tudo isso”, disse.