Alain Delon, famoso ator francês, faleceu hoje (18/08) aos 88 anos de idade deixando um imenso legado artístico e de profundo amor pelos animais, que o acompanharam até seus últimos momentos de vida.
O ator sempre viveu com cachorros, e um de seus primeiros amigos de quatro patas foi Gaia, uma Dobermann fêmea. “Um dia eu gritei com ela, bati em suas costas. Ela se sentou e olhou para mim. Eu a vi chorar”, contou Delon. A partir desse dia, o francês percebeu o quão bem os cães são capazes de sentir e expressar emoções.
“Desde então, eu entendi tudo. Desde então, meus cachorros sempre sorriram,” acrescentou ele.
Esse amor que o levou a ajudar até mesmo animais menos afortunados que os seus próprios. Delon sempre esteve entre os principais apoiadores das batalhas de sua amiga Brigitte Bardot pelos direitos animais.
Delon também não hesitou em realizar grandes gestos: uma vez, Delon enviou um helicóptero para resgatar um gatinho cujas patas haviam sido cortadas. Após a recuperação, ele levou o gatinho para sua casa de campo.
O francês vivia em sua mansão com diversos cães. No mesmo local, fica o cemitério com os cachorros que já passaram por sua vida, onde cerca de 50 animais encontraram um descanso eterno, cada um com uma lápide e seu próprio nome, muitas vezes enterrados em pares.
Alain expressou o desejo de ser enterrado ao lado de seus falecidos cães, que descansam nos terrenos de sua residência em Douchy, na França. “Minha vida inteira está ali, nos túmulos dos meus cães”, disse Delon em uma entrevista, resumindo a importância que seus amigos de quatro patas tinham para ele.
Para Delon, aquele cemitério representava um santuário, um lugar de paz onde ele pediu para ser enterrado, ao lado dos únicos seres que, segundo ele, o amaram incondicionalmente.