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ADEUS

Morre Ice, o primeiro cão salva-vidas do Brasil, aos 14 anos

10 de setembro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Na segunda-feira (2/9), Ice, o primeiro cão salva-vidas do Brasil, morreu de causas naturais aos 14 anos, em Itajaí, Santa Catarina. O labrador atuou salvando vidas de afogamento, além de colaborar como cão terapeuta no Hospital Marieta Konder. Em 2015, Ice também participou, por exemplo, das buscas a soterrados após o rompimento da barragem em Mariana (MG).

Desde os dois meses de vida, o animal vivia com o sargento Evandro Amorim, de 48 anos. Juntos, eles atuavam como parte do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC).

O cachorro passou por diversos treinos até estar apto ao cargo, em 2017, quando tinha sete anos. Ice foi treinado para atuar em salvamentos marítimos. Quando o número de pessoas em risco fosse maior que o de guarda-vidas no local, Ice era acionado para levar um flutuador a uma vítima de afogamento.

O cachorro completaria 15 anos nesta segunda-feira (9/9) e, segundo a página oficial do labrador no Instagram, o velório foi realizado na quarta-feira (4/9), no Cemitério e Crematório de Animais, Memorial Park Amigo Fiel, em Tijucas.

Em publicação no Instagram, o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina lamentou a morte do labrador: “O CBMSC presta respeitosas continências e agradece ao cão de busca Ice e ao sargento Amorim pelos anos de serviços dedicados aos cidadãos”, escreveu na legenda.

Ice estava aposentado dos seus serviços na corporação desde 2019, por questões de saúde. Apesar da aposentadoria, ele continuava visitando os hospitais e acompanhando os oficiais em colégios e no treinamento de outros cães.

Fonte: Metrópoles

Nota da Redação: não há dúvidas que cães são capazes de feitos incríveis, inspiradores e são dotados de sensibilidade profunda. Ice, com certeza, foi muito amado e tocou corações em todo o país, mas não podemos ignorar que ele não escolheu essa carreira. Animais usados para atividades de resgate são privados desde filhotes a treinamentos intensivos, perigosos e não podem expressar suas característias inatas. Para não se distraírem durante as missões, não podem ser dóceis e carinhosos. São, acima de tudo, vidas vulneráveis, sujeitas a estresse, exaustão e possíveis traumas. É hora de questionarmos práticas que colocam a vida de animais em risco para atender às necessidades humanas, quando alternativas tecnológicas poderiam ser desenvolvidas para salvar vidas sem explorar outras espécies. Adeus, Ice!

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