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APRISIONADOS

Morre filhote de golfinho nascido em zoológico de Chicago (EUA) e que ganhou manchetes mundiais

16 de junho de 2025
Vivian Guilhem | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

O recente anúncio do nascimento de um filhote de golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus) no Brookfield Zoo, em Chicago (EUA), ganhou as manchetes internacionais, mas a celebração durou pouco. Apenas quatro dias após o nascimento, o zoológico comunicou a morte inesperada do recém-nascido.

O caso trouxe à tona o impacto do cativeiro na vida de espécies marinhas altamente inteligentes e sensíveis, como os golfinhos. Durante o parto, uma fêmea que vive no mesmo tanque desempenhou um papel ativo, auxiliando a mãe, Allie, ao guiar o filhote para a superfície para sua primeira respiração. Apesar de todo esforço das fêmeas, o filhote não sobreviveu.

Segundo o comunicado do Brookfield Zoo, a morte foi repentina, e uma necropsia está sendo realizada para determinar a causa. Especialistas afirmam que os primeiros dias de vida são críticos para filhotes de golfinhos, seja na natureza ou em cativeiro, devido a desafios biológicos como aprender a mamar, nadar e descansar. No entanto, especialistas apontam que a vida em cativeiro aumenta esses desafios.

Golfinhos são animais altamente sociais e extremamente dependentes de seu ambiente natural para prosperar. Em cativeiro, enfrentam limitações de espaço, exposição a estresse e a impossibilidade de realizar comportamentos naturais, como nadar por longas distâncias ou caçar em grupo. Muitos cientistas e ativistas destacam que o confinamento tem impactos extremamente negativos na saúde física e mental desses animais.

“Os golfinhos não pertencem a tanques. Eles são criaturas que vivem em vastos oceanos, com laços sociais complexos e comportamentos impossíveis de serem replicados em ambientes artificiais”, afirma uma representante da ONG Sea Shepherd.

Após a morte do filhote, a atenção agora se volta para a mãe, Allie. Cuidadores estão monitorando seu comportamento e saúde, mas especialistas em comportamento animal alertam que a perda de um filhote pode causar estresse significativo nas mães.

Esse caso reacende a discussão global sobre a exploração de animais selvagens em cativeiro para entretenimento ou pesquisa. A cada episódio como esse, cresce o apelo por alternativas éticas, como o uso de santuários marinhos e o fim da reprodução em cativeiro.

A morte do filhote é um exemplo triste das limitações e consequências do confinamento para espécies selvagens.

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