Bobi, o cão mais velho do mundo, com 31 anos e 165 dias, morreu dia 21 de setembro passado. A sua morte foi divulgada pela Dra. Karen Becker, uma veterinária que se encontrou com Bobi várias vezes.
No seu post, Karen escreveu: Nosso menino querido ganhou suas asas. Apesar de ter sobrevivido a todos os cães da história, os seus 11.478 dias na terra nunca seriam suficientes para aqueles que o amavam. Boa sorte, Bobi… você ensinou ao mundo tudo o que deveria ensinar.”
Segundo Karen, quando ela perguntou a Leonel, tutor de Bobi, qual era a sua receita para a vida excepcionalmente longa dele, sua resposta foi: “Boa alimentação, contato constante com a natureza, liberdade para descobrir o ambiente, cuidados veterinários consistentes e amor. Bobi sabe que é profundamente amado.”
Segundo o site do “SIC Notícias”, Bobi estava hospitalizado há alguns dias, mas não sobreviveu. “Iniciamos um tratamento específico. No entanto, ele não resistiu. Foi uma luta dura e só um guerreiro como ele podia ter aguentado este tempo”, disse Leonel.
“Ficam as melhores memórias de uma longa vida onde foi feliz e principalmente fez muita gente feliz, principalmente a sua família que hoje sente que um dos seus pilares ruiu.”
Bobi era um Rafeiro do Alentejo, uma raça de cão originalmente português.
Bobi vivia com a família Costa, na aldeia portuguesa de Conqueiros. Segundo o Guinness, Bobi foi anunciado como o cão mais velho do mundo e o cão mais velho de todos os tempos em 2 de fevereiro de 2023. Ele foi inscrito em 1992 no Serviço Médico-Veterinário do Município de Leiria, que confirmou a sua data de nascimento.
A idade de Bobi também foi verificada pelo SIAC, uma base de dados de animais domésticos autorizada pelo governo português e gerida pelo SNMV (Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários; Sindicato Nacional dos Veterinários).
Segundo o Guinness, Bobi nasceu de uma ninhada de quatro filhotes, mas os pais de Leonel decidiram levar os cachorrinhos enquanto a mãe estava fora, porque não podiam manter mais nenhum animal novo. Bobi, porém, ficou para trás, escondido entre uma pilha de madeira guardada no anexo onde nasceu.
Ele logo foi descoberto por Leonel e seus irmãos, que mantiveram em segredo a existência do cachorrinho. Quando seus pais finalmente souberam de Bobi, era tarde demais para abandoná-lo, então ele se tornou parte da família.
Segundo Leonel, o ambiente “calmo e pacífico” em que Bobi vivia contribuiu para que ele batesse o recorde de idade. Além disso, Bobi nunca foi amarrado, acorrentado ou controlado – ele sempre gostou de passear livremente pela natureza ao redor de sua casa.
À medida que avançava na idade, Bobi tornou-se menos móvel, por isso passava a maior parte do tempo no quintal com seus amigos felinos. Leonel o descreveu como um cachorro “muito sociável”.
Leonel acredita que a dieta natural de Bobi também contribuiu para sua longevidade, pois ele comia exclusivamente o mesmo que os tutores. “O que comemos, eles também comeram”, disse Leonel. Bobi tinha muitos fãs ao redor do mundo – como evidenciado pelas mais de 100 pessoas que compareceram à sua festa de 31 anos.
Com informações de: CNN
Fonte: O Globo