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Moradores se revoltam com 'resgate' de cão: 'Não precisava. É super dócil'

22 de junho de 2015
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Cadela foi puxada por corda amarrada no pescoço por 40 metros (Foto: Reprodução/TV TEM)
Cadela foi puxada por corda amarrada no
pescoço por 40 metros (Foto: Reprodução/TV TEM)

Moradores que registraram um “resgate” feito por funcionários do Centro de Controle de Zoonoses de Salto de Pirapora (SP) estão indignados com o procedimento usado por um homem que estava acompanhado de um médico veterinário. Uma comerciante fez um vídeo da ação, registrada na última quinta-feira (18).
Segundo Sonia Aparecida de Almeida, o animal é dócil e costuma frequentar as lojas do centro da cidade. Ela é tutelada por um morador de rua, que não estava presente no momento. “Ela vem e deita na frente da loja só para receber o nosso carinho. É a companheira de um morador de rua conhecido na região. É uma fêmea super dócil e não precisava passar pelo o que passou”, afirma a comerciante.
Cachorra a frente da imagem é tutelada por  morador de rua e foi arrastada (Foto: Reprodução TV TEM)
Cachorra a frente da imagem é tutelada por morador
de rua e foi arrastada (Foto: Reprodução TV TEM)

As imagens divulgadas neste sábado (20) foram registradas por moradores e mostram uma cachorra que estava na rua e foi arrastada por uma corda amarrada no pescoço durante quase 40 metros.
O vídeo mostra ainda os gritos dos moradores inconformados com a cena. Eles tentam impedir que o animal seja levado pelo funcionário da prefeitura e o médico veterinário do centro de Zoonoses acompanha tudo, mas sem esboçar reação. A corda enrosca na pata e a cachorra mal consegue se equilibrar. “Ela tinha sangue na boca e, por estar muito assustada e nervosa, pulava muito. Foi muito triste ver aquilo”, afirma outra comerciante que também viu a ação, Rafaela de Almeida Rezende.
Ainda segundo as imagens, um rapaz que estava por perto se abaixa e começa a acalmar o animal. O momento em que ele retira a corda do pescoço não foi registrado, mas moradores contam que ela saiu em disparada e fugiu. Segundo testemunhas, o animal está bem e é de um morador de rua, que não estava no local no momento da ação.
Para a presidente de uma organização não governamental de Salto de Pirapora, o resgate só pode ser feito com a apresentação de um laudo médico que comprova que o animal mordeu alguém. De acordo com Teresa Pio da Silva, outras falhas também foram apontadas. “Não dá para saber como o cachorro seria levado, se solto ou amarrado. Eles não tinham qualquer tipo de equipamento para resgatá-lo. Essa ação foi primitiva e não podemos compactuar com isso”, ressalta a presidente da ONG Amigos da Cidade.
Fonte: G1

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