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Moradores resgatam cachorra laçada por 'carrocinha' no interior de SP

23 de junho de 2015
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Cadela foi puxada por corda amarrada no pescoço por 40 metros (Foto: Reprodução/TV TEM)
Cadela foi puxada por corda amarrada no
pescoço por 40 metros (Foto: Reprodução/TV TEM)

Revoltados com o tratamento dispensado a uma cadela abandonada, laçada por funcionários do Centro de Zoonoses, moradores intervieram e libertaram o animal, em Salto de Pirapora, interior de São Paulo. O cão foi arrastado por vários metros e, segundo os moradores, ficou ferido. Os servidores registraram boletim de ocorrência e os moradores podem ser processados por desacato. Uma entidade de proteção de animais considera que houve maus-tratos e vai levar o caso ao Ministério Público Estadual.
A ação ocorreu na sexta-feira, 18, e foi registrada por uma moradora que, no fim de semana, postou o vídeo na internet. As imagens mostram a cadela com o laço preso ao pescoço sendo arrastada por cerca de 40 metros. Em seguida, vários moradores intervêm, pedindo que o animal seja solto. “Ela está morrendo, solta ela agora”, grita uma mulher, segurando a corta e se colocando à frente da equipe da zoonoses, que está acompanhada por um médico veterinário. Outras pessoas se juntam em defesa do cão e o animal acaba sendo libertado.
A cachorra “Preta” é tutelada por um morador de rua que não estava presente quanto ela foi laçada. De acordo com Vanilda Fernandes, que postou o vídeo, a cadela faz a proteção do morador de rua quando ele está dormindo. Segundo ela, o animal é alimentado pela população e não ataca ninguém. A Associação Amigos da Cidade acredita que os funcionários praticaram maus-tratos e vai acionar o Ministério Público Estadual. “Eles não tinham qualquer tipo de equipamento para conter o animal sem machucá-lo”, disse a presidente Maria Teresa Pio da Silva.
A Seção de Zoonoses da prefeitura informou que “o animal é mordedor e agressivo”. Segundo a Zoonoses, “o animal convive com um homem em situação de rua e este homem por vezes está embriagado e o animal é incitado a avançar nas pessoas”. Ainda segundo a seção, a cachorra mordeu uma pessoa e seria recolhida para ficar em observação pelo risco de raiva. A Zoonoses informou ainda que a equipe que trabalhava no caso fez um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil contra as pessoas que impediram o recolhimento do cão por obstrução de serviço de interesse público e possível desacato. A polícia vai decidir se é caso de abertura de inquérito.
Fonte: Estado de Minas

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