Sentindo falta de um canil ou de um local destinado a abrigar animais abandonados, o grupo de protetores independentes Palmira Gobbi – Associação Amigos dos animais (Palmira Gobbi – AMA) – alugou ainda no mês de abril uma residência para alojar os animais provisoriamente. No entanto, a situação está ficando insustentável para os moradores daquela região.
Um vizinho desta residência alugada pelo grupo, que fica na rua Segundo Dalla Costa, próximo ao Armazém da Copérdia, na subida para o bairro das Nações, relatou para a reportagem que houve uma tentativa de suportar e postergar reclamações. No entanto, se chegou a um nível “insuportável”, segundo os moradores. Esse vizinho diz que há cheiro muito forte o tempo todo e barulho durante o dia e durante a noite.
Ele explicou que abrir as janelas ou portas das casas virou uma tarefa rara. Dormir, também. “Durante o dia, enquanto fazemos nossa refeição, não dá para abrir a casa. Arejar a casa também não dá mais por conta do forte cheiro. À noite, tem barulho de muitos latidos. Eu acordo às 4 horas para trabalhar, e tenho tido dificuldade para dormir em função da barulheira”, destaca o morador.
O tom da reclamação não é nada crítico. É um apelo. O homem, que mora justamente ao lado da casa alugada, reitera que aprova a ideia do grupo em dar um lar para animais abandonados e só não fez a reclamação antes porque é a favor de projetos desta natureza. Mas, a esta altura, ele afirma que o local ideal para levar esta ideia adiante não é mais numa residência improvisada. Neste sentido, se destaca a necessidade em haver um projeto até público para dar um lar correto aos animais abandonados.
Na época em que o grupo alugou a casa, uma das integrantes concedeu entrevista à emissora e disse que essa atitude quase desesperada foi tomada “em vista dos muitos casos de maltratos, do descaso das autoridades da cidade, e da impunidade”. Ela explicou que a associação existe para proteger animais em função do aumento dos maus tratos no município. “O abrigo tem a intenção de dar o cuidado inicial, quando o animal chega em estado deplorável”.
Fonte: Rádio Rural