Uma manifestação organizada por tutores e moradores do Jardim Oceânico, na Barrada Tijuca, Zona Oeste do Rio, será realizada nesta sexta-feira, às 14h, em prol de conscientizar síndicos e porteiros sobre o uso de produtos químicos em canteiros e calçadas. A ação foi organizada depois que cerca de 40 cães da região foram envenenados e um deles morreu.

O grupo vai partir da Praça do Ó visando passar por prédios e condomínios para conversar com os funcionários. Segundo a publicitária Izabela Junqueira, tutora do Dior, um buldogue francês de 14 anos que foi intoxicado, a ideia é fazer algo educativo para evitar novos casos.

“A gente quer fazer essa manifestação na sexta-feira para ser algo educativo. A ideia é passar pelos prédios mostrando o que não pode. Já temos em mente que é preciso conscientizar que não pode usar cloro puro, herbicida e o chumbinho. Se quiser dedetizar tem que chamar uma empresa que saiba tratar e com o produto certo”, disse.

Izabela decidiu estar mais ativa no assunto depois que seu pet foi contaminado. Dior foi internado no dia 5 de maio, passou uma semana na clínica veterinária, e ainda sofre com as consequências do tratamento. A publicitária conta que muitos tutores continuam receosos em realizar o Boletim de Ocorrência e que a manifestação pode ajudar a mudar isso.

“O intuito é tentar encontrar uma resposta, sabe? É muito difícil não saber o que aconteceu com os animais. O exame para identificar o que envenenou é muito caro e invasivo, é geralmente feito após o cão ter falecido, já que é preciso tirar pedaços de órgãos para análise”, completou ela.

A iniciativa conta com o apoio da Comissão de Saúde Animal da Câmara Municipal, presidida pelo vereador Marcos Paulo. Cartazes e folhetos serão produzidos pela comitiva e entregues aos participantes para auxiliar na estrutura da manifestação.

“A Polícia Civil está investigando os casos de envenenamento e chegará ao responsável ou responsáveis, mas, também precisamos mudar a cultura do uso sem cuidados de produtos químicos nos canteiros e calçados, como os próprios moradores afirmam que acontece. É importante que tutores e administradores de condomínios tenham diálogo”, afirma Marcos Paulo.

Fonte: O Globo