A morte de um cachorro gerou indignação e motivou um protesto que está previsto para sábado, às 11h30min, em frente ao Restaurante Palestrina, no bairro Vila Nova, em Novo Hamburgo. O movimento, que está sendo organizado pelas redes sociais por Leandro Mello, presidente da ONG Organização pela Dignidade dos Animais Abandonados (Ondaa), já conta com mais de 4 mil pessoas confirmadas no ato em defesa do animal.
Mello explica que ficou sabendo do caso depois que o dono do cão publicou no Facebook o que teria acontecido – o cachorro da raça Terrier Brasileiro, Snoopy, teria morrido após receber um chute de um funcionário do restaurante, na segunda-feira.
“Queremos fazer um ato completamente pacífico. Quem participar pode levar o seu cão, cartazes, o que quiser, mas nenhum tipo de violência será tolerado”, esclarece o organizador.
Marcelo Acker, veterinário e tutor do cachorro morto, conta que a família não queria exposição, mas que após a história se espalhar pela internet se manifestou para esclarecer fatos que foram distorcidos. Ameaças ou violência (como as surgidas em comentários nas redes sociais) contra o suspeito ou o restaurante não são aceitos por Acker:
“Não queremos esse tipo de punição. A violência que cometeram contra meu cachorro não deve ser retribuída com mais agressão. Não adianta pagar desta maneira”.
Acker diz que provavelmente não irá comparecer na manifestação.
Segundo o advogado do restaurante, João Carlos Dau Fuilho, a repercussão do caso é uma surpresa:
“Todos ficaram assustados com o que está acontecendo. O proprietário e o funcionário recebem ameaças pelas redes sociais e pelo telefone”, contou.
Segundo ele, o garçom que atingiu o cão não tinha intenção de machucá-lo:
“O funcionário foi afastar o cachorro que entrou no restaurante por uma questão de higiene e, ao empurrá-lo, ele morreu. Ele nega que tenha chutado, somente tentou encaminhá-lo para o lado de fora do estabelecimento”.
Tutor do Terrier Brasileiro, Acker relata que, perto do meio-dia de segunda-feira, Snoopy entrou no restaurante a procura do tutor, quando foi atingido na cabeça pelo chute.
Em seguida, o funcionário teria sido vítima de uma tentativa de linchamento. Ele foi afastado temporariamente do trabalho para evitar conflitos com frequentadores do estabelecimento. O caso foi registrado pela Brigada Militar, que emitiu um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) – registro de crime de menor relevância – e encaminhou o documento para o Fórum de Novo Hamburgo.
Fonte: Zero Hora