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Moradores de Assis (SP) se mobilizam contra envenenamento de gatos

4 de junho de 2015
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Foto: Reprodução / TV TEM)
Foto: Reprodução / TV TEM)

Um grupo de cuidadores de animais de Assis (SP) está se mobilizando contra o envenenamento de gatos que tem ocorrido na cidade. Nas últimas semanas cinco animais morreram, todos com suspeita de envenenamento por chumbinho. Para evitar que novos casos aconteçam no bairro, os moradores estão se mobilizando e passando de casa em casa para alertar a população, além de, principalmente, incentivar a denúncia.
Um deles é o gato da professora Katia Coutinho, que em duas semanas foi envenenado duas vezes.“Fico indignada, né? Porque a gente cuida, a gente tem carinho, não só pelos nossos, porque é muito fácil cuidar do que é da gente, mas muito mais daqueles que precisam”.
“O pessoal está envenenando os gatos, muitos mesmo. Só em uma semana foram três. O meu que sobreviveu e dois que morreram um de cada vizinha minha”, disse o entregador e também morador do bairro, Valter Vieira Filho.
Segundo a psicóloga Tânia Tanus, a união dos moradores e as informações de que maltratar e matar animais é crime, tem sido cada vez mais divulgada.
Na semana passada, a psicóloga registrou um boletim de ocorrência e a Polícia Civil está investigando o caso. O que chamou a atenção dela, moradora da Vila Xavier, é que outras pessoas do mesmo bairro também se queixaram do problema.
Para proteger seu gato, a psicóloga não deixa mais o animal ir ao quintal, apenas se ele estiver em seu colo. Ela conta que da última vez que o felino saiu sozinho, ele passou mal. A suspeita de Tânia é de envenenamento. Os gastos com veterinário foram altos, mas mesmo assim não adiantou. O gato, de três anos, ficou com sequelas e não enxerga mais.
“Parecia que ele não estava enxergando, que não estava compreendendo a situação. Depois disso ele veio a convulsionar, ficou tendo espasmos por bastante tempo. Por mais que olho esteja normal, neurologicamente ele ficou com esta sequela”, contou Tânia.
“Nós estamos nos reunindo para denunciar e para pegar quem comete este crime ambiental”, falou o professor de dança Karl Moraes.
A preocupação da moradora e professora Luciane Marquesini com os dois gatos foi tanta, que ela decidiu colocar alambrado no portão. Agora, os animais só ficam do lado dentro. “Foi o único jeito que a gente achou para protegê-los. E quem mata animal, mata gente, mata ideia, é muito triste falar isso do ser humano. Mas que seja a consciência. Deixa os animais quietos”, pediu.
Fonte: G1

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