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DESCASO

Moradores acusam CCZ de negar resgate e ignorar sofrimento de cão atropelado

27 de agosto de 2021
Kauana Kempner Diogo l Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Facebook

Na sexta-feira (20), um cachorro foi atropelado por um caminhão na cidade de São Vicente, litoral paulista, e seguiu abandonado nas ruas da cidade, sentindo muita dor e sem receber ajuda. Uma moradora do bairro Vila Margarida, local onde o animal sofreu o acidente, se sensibilizou com a causa, porém, por não ter como recolhê-lo, acionou o Departamento de Zoonoses e o Samu Animal (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) da cidade de São Vicente.

Ainda na sexta-feira, o departamento compareceu ao local, aplicando injeções para analgesia e indo embora, deixando o cachorro atropelado na rua, sem abrigo. Segundo as denúncias, os servidores municipais falaram que voltariam durante o fim de semana, o que não ocorreu. A moradora chamou o Samu Animal, contou que os funcionários alegaram que não poderiam resgatá-lo, pois as baías da unidade, onde ficam abrigados os animais, estariam cheias.

A partir disso, protetores da causa animal ficaram sabendo do descaso com o animal e iniciaram uma série de cobranças ao órgão de auxílio animal do município. “Nós protetores estamos atolados, eles (Zoonoses) têm recurso, mas eles vão dizer que não têm”, desabafou Sandra Alvarenga, protetora de São Vicente.

Na terça-feira (24), os protetores negaram o tratamento do animal, informando que receberam uma visita da equipe do Departamento de Zoonoses, que aplicou uma injeção e foi embora, deixando o pet atropelado largado nas ruas da cidade.

A prefeitura, ainda em nota, alegou: “É importante que as pessoas tenham a guarda responsável, não deixando o animal sair sozinho na rua. Outro ponto que merece ser destacado é que o serviço do Samu Animal é destinado a animais sem tutor”. Porém, o animal atropelado vive em situação de rua, não possui tutor e não foi socorrido pelo Samu Animal.

Segundo o portal Costa Norte, Sandra, incomodada com a situação crítica do animal, decidiu ajudar no tratamento do animal, que foi negligenciado pelo órgão municipal.

“Nós protetores fazemos o trabalho da Zoonoses. A gente conseguiu lar temporário para poder fazer o tratamento, os protetores estão cheios de animais em tratamento, com altos custos e pouca ajuda para doação”.

Nota da zoonoses

“A Prefeitura de São Vicente informa que está dando início a uma nova política pública em torno da causa animal no Município. A atual gestão herdou problemas graves em equipamentos e serviços e não mede esforços para melhorar a situação para o atendimento adequado dos animais.

O Departamento de Zoonoses de São Vicente (Dezoon) realiza, em média, 15 consultas por dia e 500 castrações por mês. Os animais que são recolhidos pelo Samu Animal passam por uma triagem clínica e são resgatados também de acordo com a capacidade física e estrutural do Departamento. O cachorro citado na denúncia foi atendido pela equipe da Zoonoses no local, foi medicado e recebeu tratamento.

Vale ressaltar que é importante que as pessoas tenham a guarda responsável, não deixando o animal sair sozinho na rua. Outro ponto que merece ser destacado é que o serviço do SAMU Animal é destinado a animais sem tutor.”

Posicionamento dos protetores:“ A gente vai fazer a denúncia no Ministério Público, a Zoonoses não está fazendo castração, remoção de corpos, resgate, não estão fazendo nada. Isso que eles alegam é o mínimo que eles têm que fazer, é o trabalho deles! Só tem consulta”, desabafou Sandra Alvarega.

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