Uma medida cruel de combate à leishmaniose visceral levou o Centro de Controle de Zoonoses de Montes Claros (MG) a matar 2.187 cães somente no primeiro semestre deste ano. O balanço foi divulgado pelo próprio centro. Atualmente, Montes Claros tem 66 mil cães e 14 mil gatos, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde. A média é de um animal para cada 4,5 moradores.
O Instituto Vida Animal, porém, acusa o centro de ter realizado os sacrifícios “sem critério”, e afirma que parte dos cachorros poderia ter continuado viva.
O coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Jediael Quadros, conta que, desde o começo de 2011, a carrocinha capturou 580 animais na cidade. Destes, 432 teriam apresentado resultado positivo para o exame de leishmaniose, vulgarmente conhecida como calazar. Outros 1.607 animais foram entregues pelos próprios donos ao órgão.
Quadros confirma que todos os cachorros doentes são mortos. Segundo ele, os animais recebem uma dose de tranquilizante, uma de anestesia e, por fim, a injeção letal. O procedimento seguiria regras do Ministério da Saúde. O sacrifício pode ser acompanhado por qualquer pessoa.
Doença
A leishmaniose é transmitida por meio do mosquito, conhecido como mosquito-palha. O inseto pica cães contaminados e repassa a infecção ao homem. Se não for diagnosticada e tratada a tempo, pode levar à morte em 90% dos casos. O Centro de Controle de Zoonose encerrou, no sábado (27) a Campanha de prevenção ao calazar. Durante a ação, animais foram vacinados contra a raiva.
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Fonte: R7