O Monte Fuji, símbolo sagrado do Japão, teve seu cume coberto de neve pela primeira vez neste inverno nesta quinta-feira, 23, alcançando o marco 21 dias mais tarde do que a média histórica registrada desde 1894, informou a Agência Meteorológica do Japão. Este fenômeno ocorreu duas semanas mais cedo do que em 2024, quando a primeira neve se estabeleceu no dia 7 de novembro, o recorde mais tardio até hoje.
O cume nevado do Monte Fuji é uma imagem emblemática que inspira obras de arte há séculos, incluindo a famosa gravura “A Grande Onda de Kanagawa”, de Katsushika Hokusai, que também aparece na nota de 1.000 ienes. A neve tardia neste ano destaca mudanças climáticas e a variabilidade do clima local, embora os meteorologistas ainda não identifiquem uma causa precisa para o atraso.
De acordo com Mamoru Matsumoto, do observatório de Kofu, o registro do “primeiro” nevamento do Fuji considera o momento em que toda ou parte da montanha aparece visivelmente coberta de neve ou precipitação sólida de aparência branca quando observada de baixo. A definição técnica ajuda a manter séries históricas consistentes desde o final do século XIX, relatou à Reuters.
O Japão registrou temperaturas recordes neste verão, incluindo a mais alta já registrada em agosto, de 41,8 °C na cidade de Isesaki, a noroeste de Tóquio. Eventos como esse reforçam as observações de um clima mais quente e extremo, impactando padrões tradicionais de neve em regiões montanhosas.
A primeira neve tardia deste ano reforça a importância de monitorar mudanças climáticas e seus efeitos no país, tanto para o turismo quanto para a preservação ambiental das áreas naturais. Apesar do atraso, a beleza do Fuji nevado continua sendo um símbolo duradouro da cultura e da paisagem japonesa.
Fonte: Um só Planeta