Abandonada e lutando pela própria vida em meio ao frio extremo e à solidão, uma cadela foi encontrada nos arredores do cume Josefina, no vulcão Carihuairazo, no Equador. Exausta e prestes a desistir, ela foi salva por um grupo de montanhistas que demonstrou empatia e coragem diante da cena comovente.

A equipe de alta montanha Samay Caminantes foi a primeira a localizá-la. Sem hesitar, os montanhistas improvisaram uma maca e cuidadosamente acomodaram a cadela debilitada, iniciando uma descida desafiadora rumo a um local seguro. Durante o trajeto, voluntários do grupo Soul Mountain se uniram ao resgate, fortalecendo a corrente de apoio àquela vida inocente.

Movidos por compaixão, os envolvidos nomearam a cadela de Cari, em homenagem ao vulcão onde ela foi encontrada. O resgate coletivo mobilizou esforços físicos e emocionais, e graças à dedicação de todos, Cari chegou a tempo a uma clínica veterinária, onde foi prontamente estabilizada e teve a vida salva.

Um dos montanhistas, Andrés, se ofereceu para acolhê-la temporariamente. Durante o período de recuperação, ele foi responsável por oferecer carinho, cuidados diários e a segurança que Cari nunca conheceu. Com o tempo, ela se transformou: deixou de ser apenas um corpo frágil nas montanhas e passou a expressar alegria, confiança e vitalidade.

Hoje, Cari vive com uma família adotiva amorosa e comprometida, que lhe oferece tudo o que antes lhe foi negado: afeto, respeito e proteção. O trauma das noites geladas e solitárias nas alturas está aos poucos ficando para trás. Sua história é agora a de uma sobrevivente que, graças à solidariedade humana, teve sua dignidade restaurada.

O caso de Cari lembra ao mundo que nenhum animal deve ser deixado para trás. Eles não são descartáveis, são seres sencientes, que sofrem, sentem medo e desejam apenas viver em paz. Seu resgate é uma inspiração para que cada vez mais pessoas escolham a compaixão como caminho.