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Moby e Alicia Silverstone apoiam campanha a favor de cosméticos livres de crueldade

17 de maio de 2018
4 min. de leitura
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Na última semana, foi ao ar um vídeo em que várias celebridades apoiavam uma campanha chamada “Yes on SB1249”. Entre as estrelas estavam Moby, Alicia Silverstone, Judie Mancuso, Katie Cleary e Jane Velez-Mitchell.

SB1249 é a sigla para “Senate Bill 1249”, uma lei que tramita no senado americano e prevê que a partir do dia 1º de janeiro de 2020, ficará expressamente proibido o comércio e produção de qualquer tipo de cosmético que envolva crueldade animal no estado da Califórnia.

O projeto de lei é de autoria da senadora Cathleen Galgiani (D-Stockton) e tem apoio de alguns outros representantes, como a Social Compassion in Legislation (SCIL) e o Physicians Committee for Responsible Medicine.

Mesmo que pareça pouco a proibição em apenas um estado, caso a SB 1249 seja aprovada, este seria um grande passo na proibição dos testes em todo o país. “Como estado com as maiores população e economia do país, se a Califórnia banir a venda de cosméticos testados em animais, manufatureiros não terão outra opção a não ser parar de testar em animais para vender seus produtos para o Estados Unidos inteiro,” afirma Judie Mancuso, presidente e fundadora da SCIL.

Reprodução | Yes on 1249

Não é a primeira vez que a Califórnia age nesse sentido, de questionar a necessidade de testes em animais. Quando há alternativas, o teste em animais já é proibido no estado. E em 2014, com a SJR-22, tentou proibir o teste em todo o país – sem sucesso, no entanto.

Mesmo sem muita movimentação do Governo Federal, a senadora continua esperançosa e compreende que encorajar o estado a dar o passo inicial é de suma importância. Ela compreende que essa é uma mudança necessária no país. O sofrimento animal deve acabar.

“Todo ano milhares de animais são mutilados e mortos pelos testes ou pelos ingredientes dos cosméticos,” lamenta Moby em um trecho do vídeo. “Esses experimentos bárbaros geralmente envolvem a aplicação de químicos na pele raspada ou diretamente nos olhos desses animais indefesos, que são incapazes até de piscar.”

Além disso, cada vez mais a população tem buscado opções veganas no mercado, tanto dentro quanto fora dos Estados Unidos.

Reprodução | Petition Site

Existem outras opções

Kristie Sullivan, toxicologista e vice presidente da diretriz de pesquisa do Comitê de Físicos, diz que muitas alternativas aos testes já existem. Inclusive, elas muitas vezes são mais eficientes do que usar os animais.

Em seu testemunho durante uma audição no Comitê Judiciário do Senado, ela afirmou que “felizmente, métodos sem animais baseados em córnea humana, pele, imunidade e outras células e tecidos humanos estão amplamente disponíveis para serem usadas no lugar dos testes em animais. Na verdade, métodos sem animais para alergia de pele tem performances melhores e mais precisas do que as feitas com animais.”

A dona da marca de cosméticos cruelty-free Lush, que tem mais de 200 lojas pelos Estados Unidos, também deu o seu testemunho. “Como nossa companhia nasceu do movimento livre de crueldade, nós já conhecemos os argumentos que muitos outros dessa indústria usam para justificar a exploração dos animais e só a nossa presença no mercado mundial prova que eles mentem”, diz Hilary Pickles.

Mais países já seguem nesse caminho

A União Europeia, a Índia, Israel, Noruega e mais várias outras nações já baniram ou estão em processo de banir a exploração de animais pela indústria de cosméticos. O Parlamento Europeu, inclusive, aprovou uma resolução que pedia para que todos os membros pressionassem todos os países do mundo para que acabassem de vez com a exploração animal.

Essa pressão internacional tem sido sentida aqui no Brasil, tanto é que um projeto de lei que proíbe testes em animais será votada em breve no Senado. Outros países latinos, como o Chile, tem mostrado forte interesse da população em seguir o mesmo caminho.

Estaria o fim dos testes em animais mais próximos de nós do que imaginávamos?

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