A vaquejada em Barrocas, em Bahia, foi cancelada devido à intervenção do Ministério Público do Estado (MP-BA), que reconheceu a prática como uma violação dos direitos animais. O evento planejado no Parque de Vaquejada Luiz Damião foi considerado clandestino pela 3ª Promotoria de Justiça de Serrinha, pois ocorria sem fiscalização adequada das autoridades municipais e estaduais.
O MP-BA destacou que o responsável pela vaquejada não atendia aos requisitos legais, incluindo a falta de um profissional técnico responsável, conforme exigido por lei.
“A legislação sobre vaquejada é frequentemente ignorada na prática e raramente fiscalizada pelas autoridades encarregadas de proteger os direitos animais e prevenir crimes ambientais, sanitários e trabalhistas”, afirmou a promotora Letícia Baird.
Ela também apontou que a regulamentação da vaquejada é pouco aplicada e carece de fiscalização independente por parte das autoridades. Além disso, mencionou os danos causados aos animais, que muitas vezes são exaustivamente utilizados na prática da vaquejada, submetidos a tratamentos inadequados, confinados em ambientes poluídos pelo barulho, aglomerados em pequenos currais sob o sol escaldante e com acesso limitado ou ausente à água.