A divulgação do laudo que apontará a provável causa da morte de 17 toneladas de peixes no início do mês no Rio dos Sinos, no RS, prevista para ontem, foi adiada para esta terça-feira (21). Segundo o promotor regional de Meio Ambiente, Daniel Martini, a água e os animais contaminados, recolhidos no dia 1º, foram analisados por dois laboratórios de Porto Alegre.
“Após o recebimento desse laudo vamos confrontá-lo com os laudos das empresas investigadas.” As 20 espécies de peixes mortos foram encontradas no trecho entre Campo Bom, Novo Hamburgo e São Leopoldo. O primeiro relatório de análises das águas dos Sinos, elaborado pela Comusa e pelo Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), diz que as águas não foram contaminadas por esgoto. O que teria ocasionado a mortandade teria sido um produto químico.
Mais mortes
Uma denúncia ao meio dia de ontem levou o Batalhão Ambiental de Montenegro ao Arroio Pedras Brancas, em Linha Nova, onde foi constatada a morte de mais de 300 peixes. “Deu pra contar os animais que ficaram presos ao longo da margem do arroio, calculamos que o número seja maior”, afirma o comandante do 3º Pelotão Ambiental da Brigada Militar, tenente Reinaldo Ferreira de Araújo. A investigação apontou que uma propriedade particular, em Linha Nova, havia poluído as águas com dejetos suínos. “Foi feito o contato e o proprietário admitiu ser o autor do crime ambiental. Ele alega que houve uma falha na esterqueira e uma infiltração causou o vazamento, provocando a mortandade”, explica. Segundo Araújo o autor do crime será indiciado, multado e poderá receber pena de até 4 anos de prisão.
Fonte: Diário de Canoas