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PROJETO

Ministério do Turismo quer substituir carroças por veículos elétricos para acabar com exploração de cavalos em Algodoal (PA)

A iniciativa prevê aposentadoria dos 61 animais usados em transporte na ilha e adoção de veículos não poluentes para melhorar mobilidade e turismo sustentável.

6 de setembro de 2025
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Foto: Aimée Balbi/MTur

O Ministério do Turismo apresentou recentemente um projeto que pode mudar a realidade da Ilha de Algodoal, em Maracanã, no Pará. A proposta é substituir veículos de tração animal por veículos elétricos, garantindo bem-estar aos cavalos e promovendo um modelo sustentável de transporte.

Atualmente, a Associação dos Carroceiros da Vila de Algodoal (ACVA) reúne 59 associados e 61 cavalos, usados para transporte de pessoas, cargas e mercadorias. A atividade, além de impactar a saúde dos animais, impede que Algodoal conquiste a certificação internacional Bandeira Azul, selo que reconhece destinos turísticos sustentáveis.

Segundo a secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Machado Lopes, o projeto será construído em diálogo com a comunidade e vai incluir cursos de qualificação para os carroceiros. “Queremos valorizar a cultura local, melhorar a experiência do turista e oferecer alternativas que respeitem a natureza e os animais. Veículos elétricos são uma solução limpa, silenciosa e sustentável”, afirmou.

O coordenador de Mobilidade do Ministério, Wagner, destacou que os veículos elétricos não se enquadram nas proibições para automotores em áreas de proteção ambiental. A implementação, no entanto, dependerá da avaliação do Conselho Gestor da APA e da instalação de placas solares para suprir a demanda energética.

A mudança é vista com otimismo pela comunidade. “Essa modernização vai trazer mais qualidade de vida para a gente e para os animais. É uma forma de não agredir a natureza e respeitar nosso território”, afirmou Carlos André Teixeira, morador e condutor turístico da ilha.

A Ilha de Algodoal, cujo nome oficial é Maiandeua, é uma Área de Proteção Ambiental (APA) que recebe milhares de turistas todos os anos. Em julho, a população local chega a receber mais de 20 mil visitantes, reforçando a necessidade de soluções que conciliem turismo e preservação.

Fonte: Pará Web News

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