O Ministério do Esporte anunciou hoje (31/12) no Diário Oficial a decisão de incluir modalidades como as vaquejadas, corridas com cavalos e rodeios na lista de esportes aptos a apostas no Brasil, representando um retrocesso inaceitável.
Sob o pretexto de evitar mercados ilegais e fomentar a regulação, o governo optou por legitimar práticas que exploram e submetem animais a condições de extremo sofrimento, ignorando princípios básicos de respeito à vida e dignidade animal.
A vaquejada não é um esporte, mas sim um espetáculo de violência institucionalizada, onde bois são perseguidos e derrubados brutalmente. A inclusão dessa prática como modalidade de aposta é uma clara demonstração de como interesses financeiros prevalecem sobre os direitos animais.
O governo, ao regularizar essas apostas endossa o sofrimento animal e alimenta uma indústria que lucra com a objetificação de animais. Não é suficiente justificar essa decisão com argumentos de “fiscalização” e “controle”, pois regulamentar a crueldade não a torna menos cruel.
A política adotada pelo Ministério do Esporte reflete uma visão retrógrada, alinhada a países que continuam permitindo apostas em competições com animais.
As apostas, embora frequentemente promovidas como uma forma de entretenimento, têm impactos devastadores na vida de muitas famílias, especialmente as mais vulneráveis. O vício em jogos de azar pode levar ao endividamento crônico, à perda de patrimônio e à destruição da estabilidade financeira, desencadeando uma série de problemas sociais como conflitos familiares, abandono e até violência doméstica.
A ilusão de enriquecimento rápido incentiva comportamentos compulsivos, deixando pais, mães e jovens em ciclos de perdas constantes que afetam não apenas suas vidas, mas também o bem-estar emocional e a segurança de seus filhos. Longe de ser uma atividade inofensiva, o mercado de apostas se alimenta da vulnerabilidade de indivíduos, ampliando desigualdades.