Wang Yan mora desde sempre na China, país onde, há mais de 400 anos, existe a terrível tradição de comer carne de cachorro. O hábito cultural, no entanto, só começou a incomodar o moço em 2012, quando seu cachorro desapareceu. Sem notícias do animal há dias e desesperado para encontrá-lo, Yan começou a bater na porta de casas de matança de animais, comuns na China, elas recolhem cães em situação de rua ou até mesmo roubam animais de seus tutores para matá-los e vender sua carne ao comércio local.
Seu cachorrinho, infelizmente, nunca foi encontrado, e Yan suspeita, sim, que ele tenha sido assassinado numa dessas casas, mas não foi só isso que entristeceu e indignou o homem. Durante sua busca, pela primeira vez, ele teve a oportunidade de conhecer as “casas de morte” por dentro, assim como os cães que neles estavam, já condenados a morte, e não conseguiu mais seguir a vida adiante sem pensar nisso.
Milionário do ramo siderúrgico, Yan investiu absolutamente toda a sua fortuna em um plano para salvar esses animais em situação de rua da morte. Em 2015, ele fundou um centro de acolhimento para cães em Guangxi, região onde mora e uma das que mais mata cachorros na China, por conta de um tradicional festival local que acontece anualmente para vender iguarias feitas com a carne desses animais.
O abrigo foi construído numa antiga fábrica siderúrgica abandonada, que Yan comprou, e desde então já salvou milhares de cachorros do triste destino de irem parar nas “casas de morte” chinesas, apenas esperando para morrer. Para dar conta de ajudar cada vez mais animais no espaço, Yan também implementou um programa de adoção responsável, em que oferece novos lares amorosos para os animais que resgata. Lindo trabalho! Quem disse que um único homem não pode transformar realidades?
Fonte: The Greenest Post