Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
O governo australiano planeja matar dois milhões de gatos selvagens sob o pretexto de que os animais representam um perigo para 124 espécies nativas ameaçadas de extinção.
Um fundo de US$ 5 milhões será utilizado para encorajar os grupos comunitários a capturar e assassinar os animais. No total, o governo espera exterminar cerca de um terço da população de felinos.
A matança despertou uma enorme indignação desde que foi anunciada e o comissário de espécies ameaçadas Gregory Andrews recebeu ameaças de morte como resultado.
“Eles são a única maior ameaça aos nossos animais nativos e foram responsáveis pela perda de 20 entre 30 mamíferos. Não estamos fazendo isso porque odiamos gatos”, alegou ele ao Sydney Morning Herald.
Josh Frydenberg, ministro do Meio Ambiente e Energia, deve anunciar a primeira rodada de subsídios para as mortes no próximo mês. O dinheiro será usado para que os prefeitos em todo o país ofereçam mortes induzidas gratuitas (de gatos) para suas comunidades.
As mortes continuarão até 2020 – mas especialistas alegam que a meta atual de dois milhões de gatos pode não ser suficiente. Uma pesquisa recente da população indica que há seis milhão gatos selvagens que vivem na Austrália.
Sarah Legge, da Universidade de Queensland, foi autora de um estudo recente sobre populações de gatos selvagens no país. Ela disse que a política brutal deve focar em “catastróficos” gatos selvagens.
“Na minha experiência, há muito poucos animais australianos que não são vulneráveis à predação de gatos em algum estágio”, argumentou John Read, fundador de uma empresa que disseca os gatos, segundo o International Business Times.