Perto de um milhar de pessoas, a maioria militantes de associação antivivissecção vindos de França, Bélgica, Suíça e Itália, são hoje esperados em Paris para protestar contra a utilização de animais em experiências científicas, segundo a France Press. Respondendo a um apelo lançado pelas Campanha Internacionais, um conjunto de associações criado em 2003, em França, os manifestantes concentrara-se junto ao Hotel de Ville, por ocasião da “jornada mundial dos animais de laboratório”, cujo dia se assinala amanhã. Estão também previstas manifestações na Grã-Bretanha, referiu Cristophe Marie, da Fundação Brigitte Bardot.
“Parem a tortura”, “Vivissecção? Abolição!”, “Nos laboratórios de vivissecção da Europa, um animal morre a cada três segundos”: as associações, entre as quais a Fundação Brigitte Bardot, Antídoto Europa, Gaia, Animais em Perigo (Bélgica), Equivita (Itália) acolheram um “ciclista militante” que terminou, em Paris, por ocasião desta “marcha europeia”, um Tour de France para sensibilizar a opinião pública.
Vários caixões, com os nomes de animais “utilizados e sacrificados” para testar produtos, nomeadamente cosméticos – 12 milhões na Europa, quase um bilião em todo o mundo, segundo os organizadores – foram instalados nos locais onde os porta-vozes vão discursar. As organizações denunciam, segundo M. Marie, o “caráter regressivo” da regulamentação desta prática na Europa, a “falta de vontade política para desenvolver métodos alternativos” contra o lóbi pró-vivissecção e pediu a sua abolição “simples”.
Os manifestantes devem seguir em marche rumo à casa de Victor Hugo, o primeiro presidente da liga francesa antivivissecção, em 1883, de acordo com um dos organizadores. Aí, cumprirão um minuto de silêncio em homenagem aos animais mortos em laboratório.
Fonte: Os Bichos