Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Milhares de leões, tigres, leopardos e outras espécies de grandes felinos são mantidos em condições deploráveis por pessoas físicas e expositores nos Estados Unidos.
Um homem, de um subúrbio de Chicago, manteve um tigre em uma gaiola de cinco pés em sua garagem. Em Nova York, oficiais resgataram um tigre de mais de 200 quilos de um apartamento no Harlem.
Moradores da Califórnia, do Texas e da Carolina do Norte encontraram filhotes de tigre desorientados e abandonados andando pelas ruas.
Em dois incidentes separados no Kansas, o xerife do condado resgatou tigres e outros grandes felinos encontrados negligenciados e que viviam em meio à imundície em jaulas precárias.
Em meio a esse cenário perturbador, foi feita uma aliança de organizações de proteção animal – a Big Cat Rescue, a Born Free USA, o International Fund for Animal Welfare, The Humane Society Legislative Fund e a Humane Society dos Estados Unidos – para apoiar a recém-reintroduzida Lei de Segurança Pública de Grandes Felinos.
Segundo a reportagem do Alternet, a legislação proíbe a guarda de tigres, leões, leopardos e outras espécies de grandes felinos por indivíduos privados, além da exposições dos animais.
A guarda destas espécies está relacionada a uma indústria exploradora que cria os animais para o entretenimento humano. Jovens felinos são arrancados de suas mães logo após o nascimento e forçados a tirar selfies e “brincar” com o público. Essa situação é traumática para a mãe, que lamenta a perda dos filhotes, assim como para os bebês, que são privados do amor e dos cuidados maternos.
Estes bebês vulneráveis com sistemas imunológicos fracos são forçados a suportar a intensa manipulação do público enquanto são privados do descanso, são abusados fisicamente por adestradores que tentam mantê-los sob o controle e precisam enfrentar estressantes condições de transporte.
Quando os animais crescem e são considerados muito grandes para o manuseio público, são tipicamente descartados. É impossível saber o destino de todos eles, mas muitos acabam em falsos santuários e instalações administradas por pessoas que querem que o público acredite que elas oferecem verdadeiros paraísos para animais em necessidade. Porém, o que realmente fornecem é uma vida indigna. Outros felinos são explorados em zoológicos ou vendidos no comércio de animais domésticos.
Não é incomum que os animais sofram de desnutrição, infestações parasitárias e outras doenças. Alguns morrem prematuramente como resultado dos cuidados inadequados.
As práticas inadequadas de manuseio e a insegurança das jaulas são prenúncios de um desastre. Há alguns anos, em Zanesville, Ohio, um homem libertou 18 tigres, 17 leões africanos, três pumas e diversos outros animais antes de cometer suicídio. Quarenta e oito animais foram posteriormente mortos a tiros pelos deputados do xerife em um terrível suplício que durou toda a noite.
Nenhum animal selvagem deveria ter que passar a vida vagando em círculos ao redor de uma jaula estéril. Inúmeros grandes felinos são confinados e mantidos em condições execráveis quando deveriam viver em liberdade e ao lado de suas famílias. Por isso, a Lei de Segurança Pública de Grandes Felinos, H.R. 1818, é uma solução que deveria instar o Congresso dos EUA a agir para acabar com esta triste situação.