Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Eles são pequeninos, macios e estão prestes a enfrentar o fim de suas vidas.
Milhares de patinhos são escaldados até a morte diariamente em uma granja na China – a maior nação com explorações de aves do mundo – porque são considerados inúteis.
Um conjunto de imagens chocantes mostra funcionários usando uma rede para matar as aves na água fervente antes de removerem suas penas em uma máquina de tecelagem.
Os animais mortos são vendidos para criadores de serpentes como alimentos para as cobras ou para vendedores ambulantes de churrasco.
Ativistas pelos direitos animais se referiram à prática como “bárbara” e “horrível” e explicaram que essa crueldade extrema não é exclusividade da China.
Todos os anos, bilhões de pintinhos com apenas um dia de vida são gaseados ou triturados vivos por grankas em todo o mundo porque não podem pôr ovos.
Essas imagens foram capturadas em uma granja sem nome na vila de Tongqiao, cidade de Xidu. A área pertence ao condado de Hengyang, na província de Hunan, no sul da China.
O jornalista chinês Li Gen, que tirou as fotos, disse que esta é uma prática regular no país. “Esses patinhos geralmente não têm mais do que quatro dias de idade. Ninguém os quer e a granja precisará de dinheiro para criá-los. Os patinhos têm que se alinhar para serem mortos”, relatou.
A equipe do local disse a Li Gen que são necessários, em média, 20 dias para chocar um ovo de pata. Os trabalhadores então separam as fêmeas e os machos em dois grupos.
As patas continuarão sendo vendidas, mas os machos logo enfrentarão o trágico fim de suas vidas porque ninguém quer comprá-los.
Para lidar com o excesso de patinhos da maneira mais “econômica”, a granja decidiu escaldá-los até a morte em vez de enterrá-los vivos, que era o método tradicional, de acordo com os funcionários.
As aves são levadas para a oficina dentro de caixas. Elas são então colocadas em uma rede e submersas na água em uma temperatura de 80 graus Celsius.
Depois de mortos, os animais são jogados em uma maquina de fiação para ter suas penas removidas.
Os patos mortos serão então vendidos para criadores de cobras como alimento dos animais ou para vendedores ambulantes como ingredientes de churrasco, segundo a granja.
Peter J. Li, especialista da Humane Society International da china, se referiu à prática como “horripilante”.
Ele apontou que a matança dos patos não é um fenômeno que ocorre apenas na China. No ocidente, um grande número de pintinhos morre porque a indústria prefere as fêmeas, já que eles podem colocar ovos.
“A diferença é que esta prática cruel ocorre diariamente na China em lugares públicos, onde há crianças, enquanto a destruição dos pintinhos no ocidente é mecanizada e acontece por trás de grandes muros”, enfatizou.
Peter J. Li pediu ao público para prestar mais atenção à crueldade das granjas porque “não podemos viver em um mundo com nossos olhos fechados”.
Ela acrescentou que se houvessem tantos patos como pintinhos, as granjas teriam que parar de produzir um número tão grande de ovos.
O jornalista Li Gen revelou que ficou chocado e revoltado com a conduta da exploração.“Deve ser tão doloroso para os patos serem escaldados até a morte. Isso é muito cruel”, ressaltou, segundo o Daily Mail.