Milhares de galinhas morreram de calor, presos em locais pouco ventilados, super lotados e insalubres, em uma granja durante o dia mais quente da Grã-Bretanha na semana passada.
As aves morreram em galpões de ferro na fazenda Moy Park, em Newton on Trent, Lincolnshire, na Inglaterra, na quinta-feira, quando a temperatura chegou a 38,7°C.
Até o momento é desconhecido o motivo das aves terem sido deixadas para morrer e se uma máquina de ar condicionado não teria conseguido regular o calor dentro dos galpões.
A Moy Park, com sede na Irlanda do Norte, é uma grande fornecedora de grandes supermercados, incluindo a Tesco, a Sainsbury’s e o serviço de entrega de alta qualidade Ocado.
A fazenda se descreve como a “Empresa Alimentar Europeia de Escolha” e foi até mesmo premiada com uma certificação de gestão ambiental em setembro.
Embora o ideal seria que nenhum animal fosse submetido a qualquer exploração, seja por seu corpo, ou pelos produtos derivados dele, como esse ambiente ideal está longe de acontecer, foram criados “selos padrões” que teoricamente atestam que um animal não foi “abusado” enquanto nas instalações dessas fazendas industriais.
As fazendas da Moy Park são endossadas pelo esquema de padrões alimentares Red Tractor, que afirma que seus membros fornecem alimentos que são “cultivados com cuidado” e “produzidos com responsabilidade”.
No entanto, a Red Tractor admitiu anteriormente que havia encontrado “violações de normas” em algumas fazendas de Moy Park, depois que ativistas dos direitos animais disfarçados gravaram secretamente imagens de galinhas que viviam em condições terríveis.
O vídeo da Animal Equality UK mostra filhotes de galinha apodrecendo no chão das unidades agrícolas intensivas por dias, com muitas galinhas sofrendo lesões nas pernas e incapazes de ficar em pé.
Na semana passada, trabalhadores da granja de Lincolnshire pareciam reunir as galinhas mortas em pilhas, transportando-as em grandes carrinhos de mão.
Os trabalhadores do local até passaram dias tirando os animais mortos da fazenda, disse um funcionário ao site de notícias local The Lincolnite.
O ativista pelos direitos animais Mike Bushby escreveu online: “Essas galinhas (milhares delas) morreram durante a onda de calor [de quinta-feira]. Você pode imaginar o quanto eles sofreram?”
Um porta-voz da Moy Park disse ao MailOnline: “As altas temperaturas recentes têm sido muito desafiadoras para muitos dos setores de agricultura e avicultura.
“Estamos trabalhando de perto com nossos parceiros agrícolas para monitorar a situação e implementamos procedimentos para ajudar a proteger as aves contra o calor extremo”.
Abusos em fazendas de criação
Galinhas lutam para andar, respirar e recorrem ao canibalismo em fazendas de criação
Imagens angustiantes divulgadas na segunda feira última, 13 de maio, mostram galinhas sofrendo maus-tratos, vivendo em condições desumanas, em ambientes super lotados e sujos, doentes e famintas, comendo umas as outras em fazendas de criação fornecedoras de grandes mercados.
Vídeos e fotos mostram as aves feridas e aflitas vivendo em condições precárias nos locais usados para criação em larga escala que ficam em Northamptonshire (Inglaterra), e que servem alguns dos principais supermercados do Reino Unido.
A filmagem foi divulgada pela ONG Animal Equality, que afirma que os trabalhadores podem ser vistos quebrando os pescoços das aves e deixando-as para morrer por vários minutos jogadas no chão.
O grupo também alega que as aves foram deixadas para morrer, agonizantes antes de serem bicadas e comidas por outras galinhas além de terem sido chutadas e pisadas por trabalhadores agrícolas da fazenda.
Imagens divulgadas pela ONG mostram as galinhas com as pernas abertas e batendo as asas em aflição.
As filmagens foram gravadas nas fazendas Evenley, Pimlico e Helmdon, em Northamptonshire, todas certificadas pela Red Tractor (selo de bem-estar animal) e administradas pela Avara Foods.
Investigadores dizem que encontraram sacolas cheias de galinhas mortas em uma das três fazendas durante visitas de janeiro a março, após uma denúncia.
A Animal Equity afirma que dezenas de pássaros desmoronaram sob o peso de seus “corpos anormalmente grandes” e não conseguiam nem ficar em pé, batendo as asas freneticamente em uma tentativa desesperada de se levantar.
Segundo a ONG, as aves mortas ficavam apodrecendo entre as vivas, levando as galinhas ao canibalismo em pelo menos uma das fazendas, enquanto os pássaros que já estavam morrendo eram jogados em uma pilha e deixados para sofrer por horas enquanto os funcionários limpavam o galpão para realizar mais mortes.
A ONG também disse que os trabalhadores estavam “violentamente quebrando os pescoços das aves e deixando-os a convulsionar em meio às demais”.
Pode-se ver pelo vídeo outras aves morrendo jogadas em uma pilha, deixados para sofrer por horas enquanto os trabalhadores limpavam o galpão.
O grupo também alega que funcionários estavam deliberadamente chutando e pisando em algumas galinhas repetidamente.
Um gerente de campanha pelo bem-estar animal da Woodhurst World Animal Protection disse: ‘Infelizmente, este material perturbador é típico das baixas práticas de bem-estar em muitas fazendas industriais onde galinhas são amontoadas e tratadas de maneira tão cruel que seus corações, pernas e pulmões mal conseguem aguentar a pressão.
“Algumas morrem antes de serem assassinadas pelos funcionários das fazendas devido a exaustão ou insuficiência cardíaca”.
“Ao adotar uma alimentação vegana e abrir mão da carne, as pessoas podem ajudar a terminar com o sofrimento desses animais”, disse o ativista.
Após a liberação no vídeo a Agência de Saúde Animal e Vegetal (APHA) do país realizou uma inspeção ao local sem aviso prévio. O órgão público relatou estar satisfeito com a saúde e o bem-estar das aves.
Enquanto a mentalidade especista de objetificação dos animais persistir, o sofrimento animal continuará. Galinhas são seres sencientes, extremamente inteligentes, capazes de realizar até operações matemáticas segundo cientistas, quem dirá compreender o que se assa ao seu redor.
Submetê-las a esse sofrimento é uma violência psicológica e física da qual a humanidade deve se envergonhar e eliminar o quanto antes.
Ao alimentar-se de forma vegana deixamos de alimentar essa indústria cruel e assassina.
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