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Milhares de coelhos são queimados para gerar biocombustível na Suécia

16 de outubro de 2009
2 min. de leitura
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Por Fernanda Franco  (da Redação)

Coelhos estão sendo usados como se fossem objetos para servirem de matéria-prima à produção de biocombustível para o aquecimento de casas na Suécia. Os corpos de milhares de coelhos são queimados em uma usina de geração de energia na região central da Suécia.

A trajetória de crueldade e total violação dos direitos animais começa em Estocolmo, capital sueca, onde a prefeitura mata milhares de coelhos anualmente para fins injustificáveis.

De acordo com as autoridades, os coelhos “sujam” muitos dos espaços verdes da capital, e, então, a prefeitura contrata caçadores para matá-los.

Cerca de seis mil coelhos, seres totalmente inofensivos, foram cruelmente mortos no ano passado, e neste ano três mil já foram caçados, segundo afirma um dos caçadores contratados, Tommy Tuvunger. “Depois de mortos, os coelhos são congelados e, quando temos números suficientes, uma empresa vem e os leva”, ele conta.

Imagem: Reprodução/IOL Diário
Imagem: Reprodução/IOL Diário

Os coelhos são levados para a usina na cidade de Karlskoga, que os queima para fornecer energia para o aquecimento de casas.

Leo Virta, diretor da empresa Konvex, que fornece os coelhos para a usina, desenvolveu uma forma de processar os restos dos animais para a produção de biocombustível.

A União Europeia financiou o desenvolvimento do processo que permite produzir biocombustível a partir da queima de restos de animais.

O corpo do coelho é esmagado, ralado e depois levado a uma caldeira, onde é queimado junto com pedaços de madeira e lixo para geração de calor.

O editor do jornal The Local, de Estocolmo, disse à BBC que a notícia do uso de coelhos para produção de biocombustíveis gera polêmica no país.

“Em Estocolmo, existe a preocupação de que os coelhos são inofensivos, entre algumas pessoas, em especial ativistas de direitos animais, que pensam que esta não é uma boa forma de se tratar coelhos.”

Com informações do Último Segundo

Nota da Redação: Tirar a vida de um animal realmente não é uma boa forma de se tratar um ser. É, na verdade, a maior de todas as violências. O mais alarmante é que tenhamos chegado a um ponto tal, em que matar coelhos, ou qualquer outra espécie animal, seja visto como a medida mais natural do mundo. Lembremos sempre que nenhum fim justifica a violência. Ora, existem formas éticas e sustentáveis de se obter energia, de se produzirem combustíveis. Matar um ser, para qualquer fim que se queira justificar, é uma prova do quanto ainda nem começamos a trilhar qualquer evolução. Nós, humanos, caminhamos para lugar nenhum.

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