Em mais uma evidência da instabilidade climática no planeta, a província da Colúmbia Britânica, no Canadá, ainda está contabilizando as vidas perdidas nas enchentes que afetaram a região durante a última semana.
Na quarta-feira (17), foi declarado estado de emergência em toda a região da província, que abriga mais de mil propriedades de criação de animais. Em uma infeliz declaração, o prefeito de Abbotsford, Henry Braun, disse “que é difícil para qualquer um abandonar o próprio rebanho, mas que a vida das pessoas é mais importante do que a dos bois, vacas ou das galinhas.”
Apesar do descaso do governante, algumas pessoas, juntamente com entidades de defesa animal, estão tentando salvar a vida dessas vacas e galinhas que estão nesse cenário desolador. A ministra da agricultura, Lana Popham, disse esta semana que as enchentes atingiram centenas de fazendas, desencadeando uma crise de bem-estar animal grave.
“Algumas vacas ainda estão debaixo d’água e algumas em locais secos. Temos milhares de animais que morreram e muitos que estão em situações extremamente difíceis”, declarou ela em entrevista para a agência de notícias Reuters.
As autoridades estão tentando abrir rotas alternativas para levar veterinários para as regiões atingidas, mas sobrevoos preliminares apontam para um terrível cenário. “Eu vi celeiros que pareciam estar cheios de água. Não consigo imaginar que ainda hajam aves vivas, o fato é que não temos esses números”, disse o prefeito da cidade em entrevista para o jornal britânico The Guardian.
Há menos de seis meses atrás a Colúmbia Britânica foi atingida por ondas de calor que mataram cerca de 500 pessoas e provocaram terríveis incêndios florestais. “Passamos por um domo de calor e seca durante todo o verão e agora temos um completo reverso”, comentou alarmado o presidente da BC Dairy Association, Holger Schwichtenberg,
Eventos de instabilidade climática vem atingindo em grande escala muitos países e alertam para a necessidade de serem criadas leis e estatutos mais rígidos, que protejam o meio ambiente da ação humana, além de refrear o aceleramento dos bilhões de nascimentos e mortes de animais criados para alimentação todos os anos.