Mais de 3 mil cavalos puro-sangue, que eram explorados em corridas na Irlanda, foram enviados para matadouros porque não tiveram bons desempenhos em corrida. Após serem brutalmente assassinados, a carne desses animais, que conheceram apenas a escravidão por toda a vida, serão enviadas para a França, Itália, Holanda, Suíça, Bélgica, China, Rússia, Ásia Central, México, Argentina e Japão.
A morte de cavalo para consumo não é considerada crime, mas reacende o debate sobre os bastidores das corridas de cavalos e o destino desses animais, que falsamente são chamado por representantes do hipismo como atletas, mas escondem que só são ovacionados enquanto estão vencendo. Não raro, vemos demonstrações de agressões públicas a cavalos e éguas que perdem provas.
Os dados foram divulgados pelo ministro da Agricultura irlandês, Charlie McConalogue, que obedeceu a uma lei que exige transparência quanto ao número de animais mortos. Ativistas classificam os número como horríveis. “Parece que os cavalos estão sendo mortos simplesmente porque não são rápidos o suficiente para vencer e é mais barato matá-los”, disseram.
Outra questão levantada por defensores dos animais é o quanto o governo irlandês é conivente com a exploração e matança dos animais. “Isso levanta uma questão sobre as dezenas de milhões de euros de dinheiro público concedidos todos os anos à indústria das corridas”. Há também muita exigência por mais informações sobre antibióticos e doenças zoonóticas.
O consumo de carne de cavalo vem crescendo globalmente desde a década de 1990 e servida, principalmente, como hambúrgueres, bifes ou assados. Uma porta-voz da Associação Nacional dos Direitos Animais disse que as estatísticas são “repugnantes” e alerta que “as corridas de cavalos apenas olham para esses animais como máquinas lucrativas”.
O governo irlandês não quis comentar as denúncias.