(da Redação)
Yellowstone foi designado como o primeiro parque nacional dos Estados Unidos, em 1872, mas os seus ricos vales eram lar de bisões desde muito tempo antes disso. No entanto, no final do século 19, esses icônicos animais que outrora vagaram livres pelas Grandes Planícies às dezenas de milhões de indivíduos encolheram para apenas poucos milhares. As informações são da Care2. Os bisões, que podem pesar uma tonelada ou mais, foram quase completamente dizimados quando homens com armas invadiram o seu território, possivelmente sob a orientação do governo federal, em um esforço para tomar terras de tribos nativas.No começo do século 20, menos de 50 desses legendários animais encontravam-se vivos em Yellowstone.
Desde então, a espécie teve uma recuperação incrível, crescendo de 23 indivíduos, há cem anos atrás, para cerca de 4.900 hoje. Mas essa situação não permaneceu imune às mãos humanas.
Novamente em perigo
Agora a população de bisões de Yellowstone está em risco de novo, desta vez graças a um plano mal concebido pelo governo e que resultou na emboscada e subsequente matança de mais de 500 bisões do parque desde janeiro deste ano.
A porta-voz da ONG Buffalo Field, Stephany Seay, chamou a prática de “abuso brutal e assassinato da única população selvagem de búfalos remanescente no país”.
O que explica a incrível história de recuperação de um rebanho de bisões ter tido esta horrível continuidade dentro de um plano de gerenciamento desastroso?
No inverno, uma porção da população de Yellowstone migra através das fronteiras do parque em direção a Montana e Idaho, que é uma faixa tradicional que contorna o vale do rio Yellowstone.
Hoje, sob determinação de um plano de manejo de bisões que já dura 15 anos, inspetores do Departamento de Pecuária de Montana e guardas do Serviço de Parques Nacionais perseguem búfalos selvagens que estão fora da faixa que lhes foi designada como habitat, para capturá-los em um programa de extermínio que já matou mais de 3.200 desses animais na última década.
A alegação do estado de Montana e do Parque Nacional de Yellowstone é que o gado que pasta na faixa em que caminharam búfalos está em risco de contrair uma doença chamada “brucelose”. Entretanto, investigações recentes de transmissão desta doença em gado no ecossistema de Yellowstone indicam que os alces poderiam ser a fonte suspeita de infecções em Montana, Wyoming e Idaho, e não os bisões.
Confronto com humanos
Em 2015, houve problemas em interações entre humanos e bisões no Parque Nacional de Yellowstone. Desde o início de Maio, cinco turistas foram feridos por bisões, em incidentes que poderiam ter sido evitados se houvesse cautela por parte das pessoas.
Guardas do parque orientam os visitantes a permanecer pelo menos a 23 metros de distância dos bisões, mas isso não impediu uma estudante de 16 anos de idade a posar para foto com um grupo a 3 metros de um deles. O bisão atacou-a e ela foi levada de helicóptero para um hospital com graves ferimentos, mas sobreviveu.
Outro caso foi o de uma mulher do Mississippi, que também decidiu tirar uma foto com um bisão que estava a menos de 2 metros dela, próximo à trilha de Fairy Falls. Quando ela e sua filha voltaram as costas para o animal, preparando-se para a foto, elas ouviram-no se mover em direção a elas, e tentaram correr. Porém o bisão, que pode correr a 48 quilômetros por hora, obviamente conseguiu alcançá-las.
Esta mulher teve sorte; embora tenha sido derrubada pelo bisão, ela sofreu apenas ferimentos leves.
Rancheiros x conservacionistas
Há um confronto tradicional entre rancheiros e ambientalistas, sobretudo nos Estados Unidos.
“Não se trata de um embate entre proteger a vida selvagem ou a indústria da pecuária, e sim de controle de doenças e proteção dos nossos rebanhos da terrível e contagiosa brucelose”, declarou Bob Hanson, presidente da Federação Montana Farm Bureau, em um comitê que discutia as ações tomadas pelo estado com relação aos bisões selvagens.
Por outro lado, os conservacionistas dizem que os temores são infundados – cientistas apontam que nunca houve casos confirmados de bovinos que contraíram brucelose a partir de bisões que vagavam fora do parque.
Uma petição sugere que o governo transfira esses animais do Parque Nacional de Yellowstone para outras terras públicas e tribais do Oeste americano. No entanto, essa não parece ser uma saída adequada para animais que estão em seu habitat há séculos, e apenas confirma um jogo de interesses por parte dos pecuaristas da região.
Desde então, a espécie teve uma recuperação incrível, crescendo de 23 indivíduos, há cem anos atrás, para cerca de 4.900 hoje. Mas essa situação não permaneceu imune às mãos humanas.
Novamente em perigo
Agora a população de bisões de Yellowstone está em risco de novo, desta vez graças a um plano mal concebido pelo governo e que resultou na emboscada e subsequente matança de mais de 500 bisões do parque desde janeiro deste ano.
A porta-voz da ONG Buffalo Field, Stephany Seay, chamou a prática de “abuso brutal e assassinato da única população selvagem de búfalos remanescente no país”.
O que explica a incrível história de recuperação de um rebanho de bisões ter tido esta horrível continuidade dentro de um plano de gerenciamento desastroso?
No inverno, uma porção da população de Yellowstone migra através das fronteiras do parque em direção a Montana e Idaho, que é uma faixa tradicional que contorna o vale do rio Yellowstone.
Hoje, sob determinação de um plano de manejo de bisões que já dura 15 anos, inspetores do Departamento de Pecuária de Montana e guardas do Serviço de Parques Nacionais perseguem búfalos selvagens que estão fora da faixa que lhes foi designada como habitat, para capturá-los em um programa de extermínio que já matou mais de 3.200 desses animais na última década.
A alegação do estado de Montana e do Parque Nacional de Yellowstone é que o gado que pasta na faixa em que caminharam búfalos está em risco de contrair uma doença chamada “brucelose”. Entretanto, investigações recentes de transmissão desta doença em gado no ecossistema de Yellowstone indicam que os alces poderiam ser a fonte suspeita de infecções em Montana, Wyoming e Idaho, e não os bisões.
Confronto com humanos
Em 2015, houve problemas em interações entre humanos e bisões no Parque Nacional de Yellowstone. Desde o início de Maio, cinco turistas foram feridos por bisões, em incidentes que poderiam ter sido evitados se houvesse cautela por parte das pessoas.
Guardas do parque orientam os visitantes a permanecer pelo menos a 23 metros de distância dos bisões, mas isso não impediu uma estudante de 16 anos de idade a posar para foto com um grupo a 3 metros de um deles. O bisão atacou-a e ela foi levada de helicóptero para um hospital com graves ferimentos, mas sobreviveu.
Outro caso foi o de uma mulher do Mississippi, que também decidiu tirar uma foto com um bisão que estava a menos de 2 metros dela, próximo à trilha de Fairy Falls. Quando ela e sua filha voltaram as costas para o animal, preparando-se para a foto, elas ouviram-no se mover em direção a elas, e tentaram correr. Porém o bisão, que pode correr a 48 quilômetros por hora, obviamente conseguiu alcançá-las.
Esta mulher teve sorte; embora tenha sido derrubada pelo bisão, ela sofreu apenas ferimentos leves.
Rancheiros x conservacionistas
Há um confronto tradicional entre rancheiros e ambientalistas, sobretudo nos Estados Unidos.
“Não se trata de um embate entre proteger a vida selvagem ou a indústria da pecuária, e sim de controle de doenças e proteção dos nossos rebanhos da terrível e contagiosa brucelose”, declarou Bob Hanson, presidente da Federação Montana Farm Bureau, em um comitê que discutia as ações tomadas pelo estado com relação aos bisões selvagens.
Por outro lado, os conservacionistas dizem que os temores são infundados – cientistas apontam que nunca houve casos confirmados de bovinos que contraíram brucelose a partir de bisões que vagavam fora do parque.
Uma petição sugere que o governo transfira esses animais do Parque Nacional de Yellowstone para outras terras públicas e tribais do Oeste americano. No entanto, essa não parece ser uma saída adequada para animais que estão em seu habitat há séculos, e apenas confirma um jogo de interesses por parte dos pecuaristas da região.