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FALTA DE HABITAT

Migração de animais silvestres para áreas urbanas aumenta na primavera

12 de outubro de 2022
3 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Com a chegada da primavera, muitos animais silvestres tendem a ficar mais ativos, por ser época de reprodução, em que eles buscam abrigos, alimentação e acabam entrando, com mais frequência, em empresas, residências e condomínios. Conforme a 2.ª Companhia de Polícia Militar Ambiental de Bauru (SP), a entrega de espécies como pássaros e pedidos de remoção de saguis, gambás, teiús, tamanduás-mirins e ouriços, entre outros, chegam a triplicar neste período.

Se, em outras estações do ano, são registradas, no máximo, duas ocorrências por dia na região, na primavera o número aumenta para cinco a sete solicitações diárias. No mês, a alta é de 60 pedidos para uma média que varia de 150 a até 210 requisições, considerando uma área abrangida por 16 municípios.

De acordo com a Polícia Ambiental, a situação mais comum é de entrega de filhotes de pássaros silvestres em unidades da corporação, já que, nesta época, estes animais estão aprendendo a voar e, portanto, é comum encontrá-los no chão ou em galhos baixos. “Na maioria das vezes, estão sendo observados e alimentados por seus pais. Porém, pessoas com boas intenções acabam recolhendo essas aves de forma equivocada, deixando-as vulneráveis e, por vezes, ocasionando sua morte”, alerta, em nota.

Muitas espécies costumam se afastar momentaneamente dos filhotes para buscar alimento, posteriormente retornando aos cuidados com a prole. “Assim, antes de qualquer interferência, é muito importante garantir que o animal foi realmente abandonado pelos pais, se está ferido ou sob algum risco, pois o melhor local para um filhote se desenvolver é junto de seus familiares”, destacou um zoologista da cidade.

E a orientação sobre a necessidade de observar os animais por um longo período também vale para outras espécies.

Se o animal estiver machucado e realmente precisar de cuidados especiais, a Polícia Ambiental ou outros órgãos competentes, como o Corpo de Bombeiros, podem ser acionados para realizar a remoção.

Alertas

A não ser que haja uma situação de perigo, deve-se evitar o manuseio de animais silvestres, algo que pode gerar estresse e diminuir suas chances de reabilitação. Vale destacar que fornecer comida ou água de forma inadequada, sem técnica específica, também pode ser fatal a estes animais.

Comandante interina da 2.ª Companhia de Polícia Ambiental, a tenente Cristiane Martinez Damiati enfatiza que o encaminhamento destes animais ao Zoológico ou a centros de recuperação não é a melhor solução para eles. “Se não estiverem feridos, assim que estiverem seguros e aptos, seguirão o rumo natural da vida. Não devemos esquecer que eles possuem hábitos selvagens e devem prosseguir com seu ciclo de vida, sem nenhuma interferência humana”, frisa.

A Polícia Ambiental reforça que a caça e captura destes animais são crimes ambientais, com responsabilização criminal e administrativa (multa). Já a remoção de espécies silvestres pode ser solicitada por meio do telefone (14) 3103-0150, da Polícia Ambiental, cuja sede em Bauru fica na avenida Rodrigues Alves, 38-138.

Fonte: JCNet

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