O Reino Unido proibiu a fabricação de produtos que contenham microplástico. Essas partículas de plástico com menos de um um milímetro estão frequentemente em cosméticos, produtos de higiene pessoal, na biomedicina e em em pesquisas de saúde e ciência.
A proibição objetiva reduzir os efeitos negativos do material sobre o meio ambiente, principalmente nos oceanos. A lei proibirá que todos os fabricantes do país desenvolvam produtos enxaguáveis que contenham essas minúsculas, mas perigosas, partículas de plástico.
Por causa de seu tamanho, esses pedaços de plástico podem facilmente passar pelo ralo e por filtros, e acabar no mar. Lá eles se acumulam e causam danos ao meio ambiente e à vida selvagem.
Um relatório divulgado pelo House of Commons Environmental Audit Committee em 2016 descobriu que aproximadamente 100.000 microesferas podem ser liberadas no oceano a partir de apenas um único banho.
“Essas partículas podem ser minúsculas, mas são letais para criaturas marinhas e totalmente desnecessárias”, disse o secretário ambiental do país, Michael Gove. “Nós lideramos o caminho ao proibir esses pedaços de plástico tóxico, mas isso não é o fim da nossa luta. Vamos agora avançar com as nossas propostas para proibir outros plásticos prejudiciais, como os canudos. ”
A Dra. Sue Kinsey, diretora sênior de política de poluição da Marine Conservation Society, saudou a nova legislatura, chamando-a de “a proibição mais forte e abrangente a ser promulgada no mundo até agora” e enfatizando que ela ajudará a reduzir o fluxo de microplásticos nos oceanos.
Os varejistas da Inglaterra e da Escócia não poderão mais vender produtos contendo microplástico, mas isso não significa que produtos como esfoliantes desaparecerão. Muitas empresas de cosméticos oferecem alternativas que contêm ingredientes naturais e que servem ao mesmo propósito sem causar danos para o meio ambiente.
A cobrança da sociedade e o apoio das autoridades é essencial para a criação de leis e regulamentos que diminuam o impacto do ser humano no planeta.