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Microchip facilita identificação de cães e gatos

16 de julho de 2014
4 min. de leitura
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Foto compara o tamanho do dispositivo a um grão de arroz (Foto: Divulgação)
Foto compara o tamanho do dispositivo a um grão de arroz (Foto: Divulgação)

O microchip é um sistema de identificação animal e, ao contrário do que muitas pessoas possam pensar, não é um sistema de localização ou GPS. A tecnologia tem a mesma função de uma coleira e tatuagem, que serve para identificar o animal em caso de perda, por outro lado, também conta com a função de banco de dados, em que armazena todas as informações necessárias do animal, como vacinação, nome e contato com o tutor.

Para o veterinário Ângelo Menin, a tecnologia tem vantagens e desvantagens, mas é necessário compreender que o mercado animal do Brasil está, em média, cinco anos atrasado quando comparado com países da Europa e os Estados Unidos, por isso algumas desvantagens são devido a esse contexto.

A colocação do microchip é praticamente indolor e é de aplicação rápida, em torno de 30 segundos. O dispositivo tem durabilidade de 100 anos e é feito com biovidro, material cirúrgico para humanos, usado em marcapassos, enquanto a coleira é de fácil perda e a tatuagem causa dor ao animal, por isso não é bem vista como meio de identificação.

Com aplicação única, não há possibilidade perda do microchip. Ele é colocado na região da nuca, por ser um local de fácil acesso para passar o leitor do chip. A tecnologia emite ondas de rádio, não precisa ser recarregada e só é ativada quando o sensor passa próximo a ela.

Um código para cada cão e gato

O veterinário Ângelo Menin esclarece que cada aplicação é individual e segue um padrão de identificação. “O chip emite uma onda de rádio para o leitor, que vai ler um código único e colocar num banco de dados on-line. Se uma clínica pet shop encontrar o animal perdido ou uma pessoa que tiver o leitor, ela saberá para onde encaminhar o animal e todo o perfil clínico do animal”, comenta Ângelo.

Geralmente, a colocação do microchip é feita após os três meses do animal, quando é feita a principal imunização do animal; antes disso, não é aconselhável que o animal saia à rua. Dr. Ângelo conta que clientes procuraram a tecnologia para levarem seus animais domésticos para o Japão e países da Europa, onde muitos locais exigem a identificação do animal. “A microchipagem é necessária nesses locais, pois os órgãos fiscalizadores vão verificar os dados do animal, se ele está imunizado e por quem são tutelados”, relata o veterinário.

Produto é atóxico

O biovidro, material de que é feito o microchip, é atóxico e não causa rejeição. “Se o animal rejeitar o produto é por um fato individual, pois não existem indícios de problemas da colocação do chip”, reforça dr. Ângelo.

Por que colocar um microchip?

Dr. Ângelo diz que há dois anos surgiu a necessidade de clientes que precisavam viajar para o exterior e queriam levar os animais domésticos junto, então começaram a pedir pelo microchip. “Já existem pessoas que estão colocando microchip para que, em caso de perda do animal, eles possam comprovar que é dele”, diz o veterinário da Aukemia.

A tecnologia também tem sido aderida como uma tendência da guarda responsável. “Assim, o tutor comprova a saúde do animal e os cuidados clínicos que ele tem recebido. A colocação de microchip pode ser utilizada como política pública de saúde, para monitorar os animais abandonados e poder quantificar quantos cães existe em uma cidade”, esclarece o doutor.

O veterinário relaciona o monitoramento dos animais à saúde pública: “Por exemplo, com o gado, neles é colocado um brinco ou uma tatuagem de identificação. Então, os órgãos públicos conseguem quantificar muito aproximadamente o rebanho do município e fazer projetos de sanidade animal. O mesmo é possível com o microchip em cães, que irá facilitar para identificar a necessidade de projetos de castrações ou vacinação”.

Vantagens

O microchip não precisa ser recarregado, ele é ativado somente com o leitor. A retirada é possível somente com cirurgia, impossibilitando a perda do dispositivo e sem necessidade manutenção. A tecnologia tem um valor acessível e custa em torno de R$ 130, enquanto uma coleira custa em média de R$ 20 a R$ 50 e precisa ser reposta ao longo da vida do animal.

No banco de dados ficam armazenadas informações como nome do animal, raça, espécie, data de nascimento, data da microchipagem, número do microchip, dia das vacinações, nome do veterinário responsável e possíveis contatos.

Fonte: Jornal de Beltrão

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