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Método dos EUA castra e trata gatos de rua para conter população

1 de outubro de 2009
2 min. de leitura
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Por Marcela Couto (da Redação)

O quintal dos fundos de Suzanne Des Marais, moradora de Washington DC (EUA), parece uma colônia de gatos de rua que ela supostamente alimenta.

A voluntária capturando um gato selvagem
Foto: AP Photo/Alley Cat Allies, Jason Putsche

Entrando no local não há sinal de felinos, até que um par de olhos amarelos surge entre os arbustos. O gato negro mantém distância, aparentemente só, então ela mostra as tigelas de comida e de repente três gatos estão de olho do outro lado do jardim.

“Eles conhecem o som dos pratinhos de comida”, diz a moça.

Des Marais é uma voluntária defensora de animais que utiliza o método “Trap-Neuter-Return” (Pega-Castra-Solta) para cuidar de gatos que vivem nas ruas.

O método, conhecido como TNR, costumava fazer parte de um movimento alternativo, mas agora já é reconhecido por grandes organizações de defesa animal como a American Society for the Prevention of Cruelty to Animals e a Humane Society.

O distrito de Colúmbia tem por volta de 400 colônias de gatos com mais de 2.000 felinos que foram castrados, vermifugados e vacinados pelo programa CatNipp da Humane Society.

Gatos selvagens em habitat urbano
Foto: AP Photo/Alley Cat Allies, Jason Putsche

Os vizinhos costumam ficar receosos no começo: por que capturar os gatos e colocá-los de volta em vez de encontrar lares para eles?

Os programas de TNR geralmente tentam reabilitar os gatos selvagens para que possam ser adotados. Mas, a maioria deles, já nascidos nas ruas, atravessam um período crucial de sua vida (antes das 8 semanas), no qual ocorre a adaptação aos humanos sem qualquer contato.

Talvez alguns deles pudessem passar por um processo de longo prazo e socializar-se com humanos, mas os abrigos locais não possuem recursos para aplicar a reabilitação. Com tantos milhares de gatos já adaptados ao convívio humano abandonados, levar os gatos selvagens aos abrigos só serve para colocá-los no corredor da morte para a eutanásia.

A estratégia TNR tem colaborado para diminuir o número de gatos de rua. Considerando que os gatos são territoriais, novos gatos raramente se unem aos grupos já existentes. Graças à castração, os animais não se reproduzem e o problema não se agrava.

O trabalho de  voluntárias como Des Marais é fundamental para o sucesso do método TNR. “Nem sequer os chamo de gatos selvagens, chamo de gatos comunitários,” diz Cimeron Morrisey, voluntária de um órgão que atende gatos em São Francisco. “Gatos selvagens não seriam da responsabilidade de ninguém, porém estes gatos que vivem nas ruas são sim responsabilidade de todos. As pessoas precisam se mexer e fazer a coisa certa por eles”.

Com informações de Los Angeles Times

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