Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Uma em cada cinco espécies enfrenta a extinção atualmente e, até o final do século, metade de todos os animais terão morrido, alertam especialistas.
Os principais biólogos do mundo estão participando de uma conferência no Vaticano esta semana para discutir ações radicais para salvar alguns dos animais mais amados do planeta.
Tigres e rinocerontes têm sido seriamente ameaçados por caçadores que vendem as partes de seus corpos para o mercado da medicina chinesa.
Entretanto, um relatório encomendado pela Conferência de Extinção Biológica ressalta que deve ser dada igual ou maior importância a criaturas menos famosas e a plantas que desempenham um papel crucial na manutenção da biosfera da Terra.
Essas espécies menos conhecidas absorvem as emissões de carbono e regeneram o solo.
O The Observer afirmou ter publicado um relatório que diz: “O tecido vivo do mundo está escorregando pelos nossos dedos sem que tenhamos mostrado muito sinal de cuidado”.
“Os países ricos ocidentais agora estão desviando os recursos do planeta e destruindo seus ecossistemas a uma taxa sem precedentes. Queremos construir estradas por meio do Serengeti para obter minerais terrestres mais raros para os nossos celulares”, diz o biólogo Paul Ehrlich, da Universidade de Stanford, na Califórnia.
“Pegamos todos os peixes do mar, arruinamos os recifes de coral e colocamos dióxido de carbono na atmosfera. Nós disparamos um grande evento de extinção. A questão é: como parar?”, questiona.
A realização da conferência no Vaticano é importante porque o Papa Francisco considera a ecologia como uma questão vital para a Igreja Católica.
Um dos organizadores da conferência, o economista Partha Dasgupta, disse que o local era simbólico: “Isso mostra que a antiga hostilidade entre ciência e igreja, pelo menos na questão da preservação dos serviços da Terra, foi reprimida”.
Ainda assim, muitos católicos conservadores estão chateados com a presença de Ehrlich na conferência por causa de seu incentivo ao maior controle de natalidade para conter o crescimento da população mundial, que ele diz ser parcialmente culpado pela ameaça a outras espécies, segundo o Daily Mail.
Ehrlich disse ao The Observer: “Se você valoriza as pessoas, quer ter o número máximo que pode de forma sustentável. Você não quer que quase 12 bilhões vivam insustentáveis na Terra até o final do século – com o resultado de que a civilização entrará em colapso e terão apenas algumas centenas de sobreviventes “.