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Em dois meses, 30 pinguins são resgatados no litoral do ES

21 de julho de 2015
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Pinguins recebem cuidados para voltarem à natureza (Foto: Divulgação/IPRAM)
Pinguins recebem cuidados para voltarem à natureza (Foto: Divulgação/IPRAM)

Nos meses de junho e julho, 30 pinguins foram resgatados no litoral do Espírito Santo e levados para o Centro de Reabilitação. Segundo especialistas, é importante que os animais encontrados não sejam colocados em locais gelados.
Até o começo de julho, sete pinguins-de-magalhães estavam sendo tratados no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM), em Cariacica. Os animais começaram a chegar ao litoral capixaba no final de junho, e foram resgatados em Vila Velha, Linhares e Anchieta.
“Muitas pessoas pensam que, porque são pinguins, eles devem ser colocados no gelo, mas é importante elas saberem que não é assim. É preciso ter cuidados quando encontrar o animal e ligar para que se possa fazer o resgate”, disse a bióloga do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram) Renata Broering.
De acordo com a bióloga, a expectativa é que cheguem mais pinguins até os meses de outubro e novembro de 2015. Os animais serão devolvidos à natureza nesse período, em Anchieta.
Recomendações
Os órgãos responsáveis pelo resgate de pinguins no estado fazem recomendações para a população:
– Se um pinguim for encontrado nadando próximo à praia, fugindo das pessoas, ativo e esperto, não é preciso fazer o resgate, pois ele ainda está saudável;
– Caso o pinguim esteja boiando próximo às pessoas, sendo jogado contra as pedras ou cansado na areia da praia, provavelmente ele precisa ser resgatado;
– Em caso de resgate pela população, é recomendado colocar o animal em uma caixa de papelão forrada com jornal ou pano, para que ele fique seco e aquecido;
– É recomendado colocar o animal perto de uma lâmpada incandescente ou de uma garrafa contendo água quente para ajudar no aquecimento;
– Não é recomendado molhar, tentar alimentar ou colocar os pinguins em uma bacia de gelo, já que esses pinguins são originários da Patagônia e possuem temperatura entre 38,5 e 41º C, eles podem morrer por hipotermia;
– É recomendado também que os pinguins fiquem fora do alcance de crianças.
– É importante informar ao órgão ambiental sobre o resgate do pinguim;
– Não é recomendado que o animal seja transportado;
– Se for de extrema necessidade o transporte, é aconselhável manter o pinguim dentro de uma caixa aberta no banco traseiro do carro, onde tenha temperatura amena;
– Se colocado no porta-malas ou em compartimentos abafados, o pinguim pode morrer por conta do calor excessivo.
Resgate
Se alguém encontrar algum animal marinho na praia que precise de cuidados, deve entrar em contato com o Ipram pelo número (27) 9865-6975.
Pinguins-de-magalhães
Os pinguins-de-magalhães, Spheniscus magellanicu, possuem colônias na Patagônia do Chile e da Argentina e se alimentam, principalmente, de peixes como anchova e a sardinha.
Durante o inverno, sobem a costa do Atlântico em direção ao Norte, seguindo as correntes marinhas em busca de alimento.
Quando encalham nas praias, encontram-se fracos e debilitados, alguns até machucados.
Durante a fase de recuperação, cada um deles consome aproximadamente um quilo de peixe por dia, além de medicamentos e fungicidas.
Centro de Reabilitação
O Centro de Reabilitação é de responsabilidade do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).
Fonte: G1

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