A conclusão consta de um novo estudo publicado nesta semana na revista Nature.
A contaminação ambiental pelo metal altamente tóxico é uma realidade mundial. Mas só agora começou a ser dimensionada. E os resultados preocupam.
Além disso, o lançamento de esgoto sem tratamento na água também pode criar condições que potencializam os efeitos da substância ao torná-la mais solúvel.
O estudo destaca que a concentração do mercúrio triplicou nas camadas de águas superficiais, onde a presença de vida marinha é grande.
Uma das características do mercúrio que mais preocupam os cientistas é a sua capacidade de biomagnificação. Ele acumula-se ao longo da cadeia alimentar, fazendo com que as espécies mais altas na cadeia sejam expostas a uma maior concentração tóxica, o que aumenta, eventualmente, a exposição humana ao metal.
No entanto, falta quantificar essa acumulação nos animais aquáticos e os seus possíveis efeitos, incluindo os riscos para os seres humanos.
O nosso impacto
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Simon Boxall, professor de Universidade de Southampton, afirmou que é difícil dizer, a partir da investigação, o tamanho do dano que já foi feito para a vida marinha.
“Mas esse aumento de mercúrio é um bom indicador do nosso impacto no meio ambiente marinho. É um alerta para o futuro”, ressaltou.
Fonte: Esquerda.net