Por David Arioch
O mercado global de leites vegetais foi avaliado em nove bilhões de dólares em 2018. E a projeção é de que esse mercado cresça substancialmente até 2024.
Segundo relatório concluído no mês passado pela Research and Markets, a previsão é de que o mercado global de leites vegetais ultrapasse o valor de 12,1 bilhões de dólares até 2024, com uma taxa de crescimento anual composta de 4,91%.
De acordo com a pesquisa, isso se deve a uma mudança de hábitos por parte dos consumidores que estão buscando alternativas vegetais por considerá-las mais saudáveis do que as bebidas baseadas em laticínios.
Além disso, a rápida expansão do mercado de bebidas não lácteas é associada ao crescimento da preferência por alimentos veganos.
O relatório que cita o Brasil como um dos mercados que está se abrindo cada vez mais para essas alternativas destaca o crescimento da oferta e demanda de bebidas à base de amêndoas, soja, coco, arroz, aveia, entre outros.
No Brasil, segundo a Embrapa, a indústria leiteira viveu um período de estagnação em 2018. Inclusive no primeiro semestre do ano passado houve um decréscimo de 0,3% e o Brasil fechou o ano com um volume anual menor do que o de 2014.
O mercado brasileiro de alternativas aos laticínios cresceu 51,5% em 2018, e ofertas à base de soja, arroz, aveia, coco e amêndoas lideraram uma movimentação de R$ 545 milhões, segundo a empresa global de consultoria Euromonitor International.
E falando de crescimento global envolvendo não apenas leites vegetais, mas todas as alternativas aos laticínios, a previsão é de crescimento global de mais de 40% até 2023, segundo a ResearchandMarkets.
Há também uma previsão de que os iogurtes à base de vegetais podem superar os iogurtes lácteos a partir de 2025, pelo menos na América do Norte, segundo relatório da Data Bridge Market Research (DBMR), que considera em proporcionalidade a queda no consumo de laticínios e o crescimento da procura e da oferta por alternativas baseadas em vegetais.