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Mercado de animais silvestres é fechado e demolido no Peru

29 de novembro de 2015
3 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

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Foto: NPC

O comércio de animais silvestres é um dos maiores riscos para as espécies que vivem na região amazônica no Peru. E, até algumas semanas atrás, o epicentro desse comércio era encontrado numa cidade chamada Pucallpa. O mercado da cidade era usado abertamente por traficantes de animais silvestres para vender animais vivos e mortos em enorme quantidade. Conservacionistas que trabalham na área estimam que milhões de animais, de pássaros, para répteis e mamíferos ameaçados de extinção, já passaram pelo mercado nos seus vinte anos de operação. As informações são do site One Green Planet.

As cenas no mercado são de cortar o coração: macacos jovens e desnutridos amarrados perto de onde corpos de outros macacos – possivelmente seus parentes – eram vendidos como comida. Pássaros enfiados em gaiolas sujas e superlotadas, incapazes de abrir suas asas ou se mexer. No final do dia, os corpos já sem vida desses animais – alguns desses em alto risco de extinção – que não eram vendidos ou que simplesmente pereceram por causa das condições terríveis, eram simplesmente jogados no lixo. O mais chocante é que o mercado era gerenciado  pela autoridade local da área, que fechou os olhos para o problema; assim enviando uma mensagem clara de que o tráfico de vida silvestre podia simplesmente continuar sem consequências.

Mas o pesadelo sofrido por tantos animais inocentes chegou ao fim algumas semanas atrás, quando o mercado que tinha sido local de tanto sofrimento não só foi fechado, mas demolido e reduzido a entulho. A ação foi graças ao trabalho corajoso de conservacionistas da Neotropical Primate Conservation. Após três anos do time monitorando o mercado, fazendo demonstrações e atividades de consciência pública e relatando repetidamente a atividade ilegal, as autoridades foram forçadas a tomar providências.

“Têm sido três anos de luta para ver esse lugar fechado, mas nós estávamos determinados. Apenas alguns momentos naquele lugar e vendo a maneira que os animais estavam sofrendo – e em tão grande quantidade – não tinha como a gente desistir.” disse a Dra Noga Shanee, que esteve à frente da campanha para fechar o mercado.

O fechamento do mercado é uma ótima notícia mas não é o fim do comércio na área, segundo a Dra. Shanee. O mercado central era abastecido por uma série de armazéns que eram provavelmente usados para estocar os animais trazidos diretamente da floresta. Esses armazéns estão em localizações secretas e o time continua a trabalhar para garantir que também serão localizadas e fechadas. Mas o fato do mercado central ter sido fechado vai criar grandes obstáculos para os traficantes e a importância do fechamento e das autoridades locais finalmente terem agido não deve ser subestimada.

Dra Shanee acrescentou: “No dia que descobrimos que o mercado tinha sido demolido, eu fui até lá e andei em cima dos entulhos – foi uma sensação fantástica saber que mais nenhum animal irá sofrer no local.”

Não há tempo para o time descansar já que logo depois da poeira do mercado de Pucallpa baixar, a NPC virou sua atenção para outro mercado ilegal, dessa vez na cidade de Iquitos. O tráfico de animais silvestres no Peru é um comércio devastador e perigoso, mas sucessos como os dos vencidos pelo time da NPC nas últimas semanas mostram o impacto que um grupo pequeno de pessoas dedicadas pode fazer quando se recusam a desistir.

*É permitida a reprodução total ou parcial desta matéria desde que citada a fonte ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais com o link. Assim você valoriza o trabalho da equipe ANDA formada por jornalistas e profissionais de diversas áreas engajados na causa animal e contribui para um mundo melhor e mais justo.

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