A Prefeitura de Paris, na França, anunciou que irá criar um memorial aos animais que foram explorados durante a Primeira Guerra Mundial.
A organização Paris Animaux Zoopolis Association realizou essa iniciativa para homenagear os diversos animais que foram forçados a participar do conflito, há quase cem anos. A proposta foi inicialmente rejeitada em julho, entretanto, o grupo continuou com a campanha e meses depois, o projeto foi aprovado.
De acordo com a rede internacional de notícias France24, 11 milhões de cavalos, burros e mulas foram explorados durante a Primeira Guerra Mundial, bem como cerca de 100 mil cães e 200 mil pombos.
“Nosso objetivo é obter reconhecimento nacional do sofrimento que esses animais passaram durante a Primeira Guerra Mundial”, afirma Amadine Sanvisens, presidente da Paris Animals Zoopolis Association, à France24.
Na França, existe uma placa dedicada a um pombo chamado Le Valliant, que morreu de envenenamento por gás depois de entregar a última carta ao comandante Raynal, em Fort Vaux, antes de ser tomado pelos alemães em junho de 1916.
Entretanto, não existem planos para comemorar nacionalmente os milhões de outros animais que foram vítimas de exploração na Primeira Guerra Mundial, como apontado por Sanvisens: “há um punhado de monumentos que já existem nas áreas mais afetadas pela guerra, mas eles foram financiados por países estrangeiros, como o Reino Unido ou a Austrália, ou foram construídos por comunidades locais”, ela afirma.
Sanvisens espera que o novo monumento de Paris seja de tamanho e magnitude semelhante ao memorial Animals in War, que existe perto do Hyde Park, em Londres. No entanto, de acordo com a ativista, é mais importante que o memorial seja, de fato, construído, não importando seu tamanho.
“Estamos apenas esperando por algo concreto”, disse ela.
Ainda não está confirmado onde o memorial será localizado. No entanto, ativistas esperam que ele fique na avenida de l’Observatoire no 6º arrondissement, um ponto turístico popular e área de importância histórica. “Queremos esse local porque o prefeito apoia o projeto e é onde os cavalos foram requisitados para a guerra”, Sanvisens observa.