Um homem morreu durante uma corrida de touros na Fiesta del Verdejo, na zona de La Seca, na Espanha. Ele fazia parte do festival e acabou sendo atropelado e atacado pelo touro, que foi transportado até o local em uma caixa e solto em direção à multidão, que gritava e atirava coisas no animal. Estressado e desnorteado, o touro acabou perfurando o abdomen do homem, que foi socorrido, mas não sobreviveu à gravidade dos ferimentos.

Corridas com touro são realizadas na Espanha desde o século 16 e frequentemente são marcadas por acidentes fatais envolvendo os participantes. Anualmente pessoas morrem ou ficam gravemente feridas ao serem atingidas por touros. Esses animais, antes de participarem de corridas, são privados de alimentos e atordoados para quem fiquem descontrolados gerando mais entretenimento para todos os sádicos que se divertem com o evento.

Ativistas e até mesmo cidadões espanhóis estão pedindo que o governo espanhol proíba definitavemente esses eventos barbáros e retrógrados envolvendo touros, pois além de serem profundamente cruéis com os animais, representam um risco aos seres humanos. Acidentes envolvendo touros e pessoas são abafados e na maioria das vezes sequer são investigados. Os realizadores dos eventos não sofrem punições e não há nenhum esclarecimento sobre o destino dos animais.

A organização em defesa dos direitos animais PETA defende que já passou da hora de proibir a prática. “A maioria dos turistas que decidem participar da Corrida de Touros em Pamplona, ​​na Espanha, não percebem que todos os touros explorados ​​no evento serão mortos poucas horas após o início. Essa crueldade não é entretenimento e nem deveria ser chamada de ‘tourada’, porque os touros nunca têm chance de lutar”, disse a ONG em um comunicado.

E completa: “É atormentá-los e torturá-los até a morte na frente de um público cheio de turistas barulhentos que não respeitam os animais ou não entendem a verdadeira natureza do evento. Mais de 100 vilas e cidades espanholas proibiram as touradas, com uma pesquisa de 2016 mostrando que 81% dos espanhóis com idades entre 16 e 65 anos se opõem, com o número subindo para 93% entre os 16 a 24 anos”, finallizou a PETA, pedindo maior conscientização.