O pôr do sol em Campo Grande encanta muitos moradores e é alvo de contemplação, fotos e postagens nas redes sociais.
Porém, apesar de bonito, quanto mais alaranjado o pôr do sol, maior a quantidade de poeira, poluição e até mesmo fuligem na atmosfera, de acordo com o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Franco Nadal Junqueira Villela.
Os tons de cores que enfeitam o pôr do sol da Capital são amarelo, alaranjado e até mesmo o rosa.
A variação de cores se dá em razão presença de material particulado em suspensão na atmosfera (aerossóis), do ângulo de incidência dos raios solares e do conteúdo de vapor ou gotículas d’água existentes.
O sol nasce na direção leste e se põe na oeste devido à rotação da Terra no sentido oposto.
Durante a estação de verão, o sol se põe mais tarde devido à inclinação do eixo de rotação do planeta terra em relação a órbita de translação.
“Essa inclinação que determina as estações do ano e a diferença entre a duração do dia entre elas”, destacou o meteorologista.
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Poluição
A poluição do ar é provocada pela queima de combustível fóssil de veículos, incineração do lixo doméstico, queimadas, desmatamento, uso de clorofluorcarboneto (CFC), entre outros.
De acordo com o meteorologista Franco Nadal, o maior responsável pela poluição atmosférica é a ação humana.
As substâncias tóxicas emitidas pelos automóveis são monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), ozônio (O3), entre outras.
As substâncias tóxicas emitidas durante queimadas são gás carbônico (CO2), metano (CH4), monóxido de carbono (CO) e nitroso de oxigênio (N2O).
As substâncias tóxicas emitidas durante incineração do lixo doméstico são dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2) e dióxido de nitrogênio (NO2).
De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, a poluição atmosférica afeta o meio ambiente e a saúde humana.
Os problemas de saúde em humanos causados pela poluição do ar são doenças respiratórias, como asma, bronquite, pneumonias, tosse, irritações e alergias.
As consequências geradas para o meio ambiente são aceleração do aquecimento global, derretimento de geleiras, aumento do nível dos oceanos, surgimento de chuva ácida, danos para a fauna e flora, entre outras.
O aquecimento global causa prejuízos climáticos, como aumento da temperatura média da camada de ar próxima à superfície da Terra.
O calor excessivo em Mato Grosso do Sul está associado ao aquecimento global e será cada vez mais comum, ano após ano, de acordo com o físico Widinei Alves Fernandes e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em reportagem concedida ao Correio do Estado em 17 de janeiro de 2022.
“O aquecimento global é uma realidade, mas o monitoramento pode ser afetado por fenômenos como o La Niña, que estamos enfrentando neste ano”, esclareceu.
“É previsto que nos próximos anos sejam mais frequentes, em 2021 tivemos recorde de temperatura registrado em um dia, em 2022, por exemplo, podemos registrar cinco dias com recordes”, concluiu.