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Matança de golfinhos no Japão é tema de novo filme

31 de julho de 2009
2 min. de leitura
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Um novo filme mostra pescadores japoneses atraindo milhares de golfinhos selvagens a um local escondido no Japão, onde ativistas dizem que os animais são capturados para entreter parques marinhos ou são massacrados para virar comida. “The Cove” segue um grupo de ativistas, incluindo o ex-treinador de golfinhos da série de televisão “Flipper”, Ric O’Barry.

Eles enfrentaram a polícia japonesa e pescadores para conseguir acesso a um abrigo em Taiji, no Japão, onde um arame farpado bloqueia o acesso de pessoas para impedir a filmagem do assassinato de golfinhos que começa em setembro a cada ano.

O documentário será lançado nos Estados Unidos nesta sexta-feira, mas ainda será distribuido no Japão, onde O’Barry diz que 23 mil golfinhos e botos são legalmente assassinados a cada ano.

O governo do Japão diz que não há nada de errado e cita diferenças culturais em resposta ao filme. A carne de golfinho é utilizada como alimento em um porcentagem muito pequena da população japonesa.

O filme foi elogiado por críticos e ganhou o prêmio de público do Festival de Filmes Sundance este ano. “Documentários eco-ativistas não recebem tanta aclamação quando ‘The Cove'”, disse uma resenha da revista Variety.

O’Barry, que visitou Taiji muitas vezes por ano pelos últimos oito anos e agora veste uma máscara na cidade para evitar a atenção de pescadores ou da polícia, antecipou que o filme terá um grande impacto.

“Quando o filme for visto no Japão, eles irão suspender as atividades ‘do abrigo’ permanentemente”, disse em uma entrevista recente.

O ativista de 69 anos disse que começou a lutar contra a captura de golfinhos quando um dos golfinhos que ele treinava para a série “Flipper”, dos anos 1960, parou de respirar até morrer.

“Ric é um herói”, disse o diretor do filme, Louie Psihoyos, que foi fotografado pela revista National Geographic. “Ele fez sucesso, ele fez fama, ele ganhou dinheiro e ele se voltou a esses assuntos ao seguir sua consciência.”

Fonte: O Globo/ Reuters/Brasil Online

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