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Massacre no Quênia tem ligação com caça a elefantes e rinocerontes

12 de outubro de 2013
4 min. de leitura
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Por Flavia Velloso (da Redação)

Foto: Reprodução
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Al-Shabaab – o grupo extremista por trás do massacre no shopping queniano – acredita-se, custeou seu ataque terrorista com a caça a espécies ameaçadas de extinção nos parques nacionais do país. As informações são do Daily Mail.

As autoridades confirmaram uma investigação feita após denúncias de que o grupo, ligado à al-Qaeda, está por trás da caça de rinocerontes e elefantes, além de diversos animais no Quênia e Tanzânia no Parque Nacional Amboseli, no condado de Kajiado.

Hillary Clinton recentemente revelou um plano de 80 milhões de dólares para tentar acabar com a caça de elefantes na África.

Ela avisou que o dinheiro de crimes contra a natureza poderia estar ajudando a financiar grupos terroristas – incluindo o grupo al-Shabaab, que promoveu o ataque no shopping center Westgate no Quênia no mês passado, uma teoria que é apoiada por grupos de preservação dos elefantes.

O Elephant Action League (EAL), iniciou uma investigação secreta com duração de dois anos sobre a caça de elefantes no Quênia em 2011.

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Andrea Crosta, que liderou a investigação, disse que muitos caçadores com quem ele conversou disseram que estavam vendendo cada vez mais para o al-Shabaab, conforme reportagem do New Scientist.

O marfim é então vendido em mercados na Ásia, a preços altamente inflacionados.

Ele disse: “Parte do custeamento do al-Shabaab vem do marfim”.

Ele acrescentou que, de acordo com fontes do grupo militante, 3 toneladas de marfim passam pelos portos da Somália a cada mês. Acredita-se que isso poderia corresponder a um ganho de mais de 600.000 dólares por mês.

No mês passado, reportou-se que caçadores armados massacraram cinco rinocerontes no Kenya Wildlife Service (KWS), Crosta informou que está agora investigando as denúncias e preveniu as comunidades locais a não serem “usadas pelos estrangeiros” para caçadas a animais.

O Standard Digital News anunciou: “O problema da caça ilegal não envolve somente estrangeiros, mas é feito em quatro estágios – de nível local, financiadores e exportadores até os consumidores – e nosso povo é usado para matar os animais selvagens”.

“Eu os encorajo a parar com este hábito, uma vez que é primitivo e tem a intenção de destruir a natureza, que não poderá ser desfrutada pelas gerações futuras”.

Os chifres de rinocerontes são somente uma parte do um negócio estimado em 19 bilhões de dólares, fazendo deste o quarto maior mercado ilegal do mundo, depois de narcóticos, falsificação e tráfico de humanos.

Entre as razões para este comércio estão a necessidade de remédios, bens de consumo e o desejo de ter animais domésticos exóticos, troféus de caça e animais raros.

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O comércio de animais selvagens prospera em locais onde há muita corrupção, deficiente aplicação da lei e onde guardas florestais, policiais e funcionários de alfândegas não são suficientemente treinados ou não possuem ferramentas modernas como a tecnologia de rastreamento por DNA.

O Centre for Pastoralists Development (Cepad) disse estar preocupado com o aumento da caça em ranchos nos últimos meses. Al-Shabaab, que faz parte da al-Qaeda, alegou ter realizado o ataque ao shopping Center Westgate, no qual pelo menos 67 pessoas foram mortas.

E isso acontece juntamente com a caçada no Quênia e Tanzânia, que farão um censo sobre a população de animais em risco na região.

O censo, que começou esta semana e vai custar 104.000 dólares, está sendo realizado com a colaboração entre os dois países e o Kenya Wildlife Service (KWS), o Tanzania Wildlife Research Institute (TAWIRI) e a African Wildlife Foundation (AWF).

Os governos do Quênia e da Tanzânia começaram a contagem no dia 7 de outubro. Se trata de uma contagem aérea dos elefantes e de outros grandes mamíferos no ecossistema compartilhado de Amboseli-West Kilimanjaro e Natron-Magadi.

Esta censo vem depois que um censo similar foi feito na época das chuvas em abril deste ano. É uma prática rotineira das autoridades da vida selvagem do Quênia e da Tanzânia conduzir ambos, um censo aéreo na época das chuvas e outro na época da seca a cada três anos na região da fronteira de Amboseli West Kilimanjaro e Magadi Natron.

Esta colaboração começou em 2010 e este é o quarto censo.

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